domingo, 24 de novembro de 2024
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Má fase do time em campo abala pilares da diretoria do São Paulo

A má fase do time e o desgaste provocado principalmente pela demissão de Diego Aguirre trarão reflexos imediatos à gestão do São Paulo. Considerado como um dos motivos de sucesso…

A má fase do time e o desgaste provocado principalmente pela demissão de Diego Aguirre trarão reflexos imediatos à gestão do São Paulo. Considerado como um dos motivos de sucesso enquanto a equipe liderou o Brasileirão, o trio formado por Raí, Ricardo Rocha e Lugano dificilmente seguirá unido em 2019. Há movimentos simultâneos favoráveis ao fim da costura.

Raí, o homem forte do futebol no clube, passou a centralizar mais decisões. Lugano, por exemplo, apesar de ter um cargo institucional descolado do futebol, foi o responsável por indicar a contratação de Diego Aguirre e é figura presente no CT da Barra Funda e no Morumbi durante os jogos. Lugano tem, inclusive, o hábito de frequentar o vestiário. Mas só soube da queda do técnico após o anúncio, já que estava na Argentina vendo a final da Libertadores entre Boca e River.

Raí declarou a tentativa de entrar em contato com o uruguaio, mas não conseguiu. E foi firme quando questionado sobre o papel do companheiro no episódio. “Eu tentei conversar com ele durante o dia. Era uma decisão que tinha de ser tomado no dia, deixei recado, mas o cargo do Lugano é superintendente de relações institucionais, é um cara que escuta e dá suas opiniões, mas não é o papel dele”, afirmou.

Raí não deve satisfações a Lugano. Apesar de discordar da saída de Aguirre, o dirigente não deve pedir o boné neste primeiro momento. De acordo com um frequentador do CT da Barra Funda, a saída do uruguaio “seria uma surpresa”.

Ricardo Rocha, no entanto, tem grande chance de sair do São Paulo. O ex-zagueiro tem planos pessoais de liderar o departamento de futebol de algum clube no Brasil. Ele já se sente preparado para assumir a linha de frente, em vez de ser o segundo na hierarquia do futebol de seu atual clube. O que pode fazer Rocha mudar de ideia é o bom relacionamento com Raí. Ricardo Rocha é considerado importante no cotidiano do elenco e no gerenciamento de crises no vestiário. Ele também atuou diretamente para a vinda do meia-atacante Everton, anteriormente no Flamengo. De qualquer forma, mesmo confirmando a saída do clube, Rocha seguirá no posto nas cinco rodadas finais do Campeonato Brasileiro.

Interino

Passada a demissão de Aguirre, o foco da diretoria se voltou para André Jardine, técnico do São Paulo até o fim do ano. O gaúcho de 39 anos, que passou três anos nas divisões de base do clube, é respeitado por Raí e outros atletas. Apesar disso, ainda não há certeza de sua contratação.

Grande parte do planejamento de 2019 passará pela reconfiguração do departamento de futebol. Se Rocha realmente sair, quem pode ganhar ainda mais força é o atual gerente executivo, Alexandre Pássaro, figura frequentemente exaltada por Raí.

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