quarta, 11 de dezembro de 2024
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Lula diz que Bolsonaro “inventou” que é evangélico e “não acredita em Deus”

O presidente Lula fez declarações contundentes sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro durante um comício em Camaçari, na Bahia, nesta quinta-feira (17). O comandante do Brasil acusou o ex-líder de direita…

O presidente Lula fez declarações contundentes sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro durante um comício em Camaçari, na Bahia, nesta quinta-feira (17). O comandante do Brasil acusou o ex-líder de direita de “inventar” sua fé evangélica, ressaltando que o comportamento do ex-presidente não condiz com a crença religiosa. A crítica ocorre em um momento em que o ele busca se aproximar do eleitorado evangélico, majoritariamente ligado ao bolsonarismo.

Durante o evento, Lula enfatizou que Bolsonaro “não acredita em Deus” e utilizou o comício para relembrar a eleição de 2018. Ele argumentou que muitos eleitores votaram em Bolsonaro em detrimento de Fernando Haddad, mesmo com a qualidade da proposta do ex-candidato petista.

“A gente não pode cometer o erro de 2018, quando, ao invés de votar no companheiro com a qualidade do Haddad, votou numa coisa que ninguém conhecia a não ser por contar mentiras e pregar o ódio. Ele inventou até que é evangélico. Ele não acredita em Deus e não acredita em Deus porque o comportamento dele é de quem não acredita”, afirmou Lula.

O comício também destacou a candidatura de Luiz Caetano à prefeitura de Camaçari, que tem como vice uma pastora. Lula expressou orgulho da escolha, afirmando que a união de partidos de esquerda é fortalecida pela diversidade representada.

“Fico muito orgulhoso de ver o Caetano arrumar uma vice, uma mulher negra, uma pastora. É extraordinário. A gente não tem medo de dizer que a gente é de esquerda porque ninguém foi mais de esquerda do que Jesus Cristo”, disse Lula, ressaltando o compromisso de Jesus com os pobres e a luta por justiça social.

A semana foi marcada por outros acenos de Lula ao eleitorado evangélico. Na terça-feira, o presidente sancionou a lei que cria o Dia da Música Gospel, ao lado do deputado federal Otoni de Paula, um aliado de Bolsonaro e ligado a segmentos evangélicos.

A sanção provocou críticas e acusações de traição política ao deputado, especialmente após ele ter orado por Lula e elogiado sua gestão. Em resposta a essas tensões, Lula alfinetou Otoni durante uma entrevista na Bahia, questionando a lógica de votar em Bolsonaro mesmo reconhecendo os feitos de sua gestão para os evangélicos.

“O deputado foi lá e fez uma declaração dizendo que não votou em mim, que muitos evangélicos não votaram em mim, mas que reconhece que tudo para os evangélicos foi feito por mim. Deu vontade de perguntar: se você reconhece isso, por que votou no Bolsonaro?”, finalizou Lula.

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