Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (30/1), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que “não há rombo fiscal” nas contas públicas do país, contrariando os dados do Banco Central, que apontam um déficit de 55,9 bilhões de dólares em 2024, um valor superior ao do ano anterior.
O petista rebateu as críticas sobre a situação fiscal do Brasil, defendendo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“As pessoas que passaram o ano inteiro falando do famoso déficit fiscal deveriam pedir desculpas ao Haddad”, declarou o presidente.
Ele insistiu que o país só não fechou no azul por conta dos gastos emergenciais no Rio Grande do Sul, devido às tragédias climáticas que afetaram o estado.
“Não existiu um rombo fiscal. Rombo fiscal existiu no governo passado, de quase 2,6%. No nosso não houve. Aliás, se não fosse o Rio Grande do Sul, nós teríamos feito superávit pela primeira vez em muitas décadas. Eu já fui presidente da República e cheguei a fazer superávit de 4,25%, numa demonstração de seriedade.”
Lula também afirmou que não pretende adotar medidas de austeridade que penalizem a população mais pobre.
“Não vou fazer, e o povo sabe que a estabilidade fiscal é um benefício para ele. Porque se eu não fizer estabilidade fiscal, quando eu for cortar, quem vai cortar… o Congresso Nacional… é do povo pobre”, disse o presidente.
A declaração ocorre em meio a um cenário de desequilíbrio fiscal, com a equipe econômica buscando soluções para aumentar a arrecadação e reduzir despesas, sem grandes cortes que afetem os programas sociais do governo.