O ex-meia português Luis Figo comentou nesta quarta-feira em entrevista ao canal Fox Sports sobre vários aspectos que ligam a relação dele com o futebol brasileiro. Além de elogiar o trabalho do compatriota Jorge Jesus como técnico do Flamengo, o melhor jogador do mundo em 2001 disse que só deixou o Real Madrid em meados de 2005 por problemas de relacionamento com Vanderlei Luxemburgo.
O atual treinador do Palmeiras dirigiu o time espanhol durante aquele ano, época em que o Real tinha um elenco badalado e cheio de estrelas como Zidane, Ronaldo, Beckham e Roberto Carlos. “O início da minha relação com ele (Luxemburgo) foi normal, de treinador e jogador, mas depois as coisas foram se deteriorando um pouco e acabei saindo do Real pelas decisões do treinador, por não jogar”, contou.
No meio de 2005 o português se transferiu para a Inter de Milão, da Itália, onde permaneceu até se aposentar, em 2009. “Não foram razões técnicas e sim razões de outro tipo. A experiência que tive (com Luxemburgo) começou normal, mas acabou por terminar bastante negativa”, comentou. Figo atualmente tem 47 anos e participou de duas Copas do Mundo, em 2002 e 2006.
O português disse acompanhar o trabalho de Jorge Jesus no Flamengo e lamentou que não teve a oportunidade de trabalhar junto com o técnico durante sua carreira como meia. “É um dos treinadores que mais admiro, por tudo o que fez, não só em Portugal, como também em todos os países em que passou. Nunca tive a sorte de trabalhar com ele, mas tenho essa curiosidade. Ele é top”, disse.
Curiosamente, Jesus e Figo tiveram passagens justamente pelo Sporting, de Lisboa. Figo mencionou que os resultados de Jesus no Flamengo comprovam o potencial do treinador, principalmente por ter vencido em um país considerado muito forte e competitivo, como o Brasil.
Para o ex-meia, um dos melhores companheiros de equipe que teve na carreira foi o ex-atacante Ronaldo. “Foi quem mais me impressionou, tanto no Barcelona, como no Real Madrid. Em Barcelona, quando não teve muitas lesões, mostrou suas qualidades. Não precisava fazer muito para marcar que era diferente. Isso é ser especial”, analisou.