O empate por 1 a 1 com a Holanda, na última quarta-feira (16), pela abertura do Torneio Internacional da França, foi o primeiro jogo de Luana pela seleção feminina de futebol após um ano e dois meses. Peça de confiança da técnica Pia Sundhage, com que já foi capitã, a volante está recuperada de uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, que a deixou fora de ação por nove meses.
Diante das holandesas, Luana foi titular e atuou por 68 minutos, sendo substituída pela meia Ana Vitória aos 23 do segundo tempo. A volante havia jogado 74 minutos ao todo nas três partidas em que esteve em campo pelo PSG (França) desde que se recuperou da lesão, entre dezembro e fevereiro, sempre saindo do banco.
“Para mim, é uma alegria grande estar aqui. Trabalhei muito para isso. Foi um ano difícil, mas de aprendizado. Então, estar aqui é uma vitória. Ter a oportunidade de começar a partida foi muito importante para mim. Acredito que todo dia temos de provar que estamos em forma, que estamos bem. Sei que antes de chegar aqui não tive muitos jogos, fui entrando durante as partidas, mas estava tranquila ontem [quarta], bem concentrada. Sabia que não seria uma partida perfeita, pelo ritmo, por tudo, mas fiz meu melhor e me doei. Fisicamente, eu me senti bem no primeiro tempo. No segundo, fiquei um pouco cansada, mas foi um passo na direção certa. Fiquei muito feliz”, disse Luana em entrevista coletiva nesta quinta-feira (17).
O próximo compromisso das brasileiras pelo Torneio da França é justamente contra as anfitriãs, no próximo sábado (19), às 17h10 (horário de Brasília), novamente no estádio Michel DOrnano, em Caen. Trata-se de um rival que Luana conhece bem, já que atua na liga francesa desde 2020. Seis das convocadas da técnica Corinne Diacre, aliás, atuam ao lado dela no PSG: a defensora Sakina Karchaoui, as meias Grace Geyoro e Kheira Hamraoui e as atacantes Sandy Baltimore, Kadidiatou Diani e Marie-Antoniette Katoto.
“A seleção da França é de nível mundial, com jogadoras muito rápidas no ataque, que gostam de trabalhar a bola pelo meio, ter a posse da bola, fazer as equipes andarem. É também muito perigosa nas bolas paradas, com a Wendy Renard [zagueira de 1,87 metro]. É um confronto de pesos pesados. Vamos sentar, estudar, ver as partidas e bolar uma estratégia para enfrentá-las”, finalizou a volante.
A França estreou na competição amistosa goleando a Finlândia por 5 a 0 no estádio Océane, em Le Havre, na quarta-feira. As escandinavas serão as últimas adversárias do Brasil, na próxima terça-feira (22), às 14h30, em Caen.