A licença ambiental para as usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, deve sair ainda este mês, segundo informou o diretor de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), Luiz Felippe Kunz Junior.
Ele destacou que as questões mais importantes do processo de licenciamento dizem respeito à biodiversidade, pelo impacto que causará à migração de peixes ou à vida dos rios que recebem água do Madeira, como é o caso do Amazonas, e ao meio ambiente como um todo.
O Madeira, segundo Kunz Junior, é o terceiro rio no mundo com maior carga de sedimentos e isso é um fator importante. Quando se diminui a velocidade da água, há maior deposição desses sedimentos no fundo. “Essa é uma das questões que estamos avaliando porque interfere, tanto na vida útil da barragem quanto nas questões ambientais”.
Desde 2001, as usinas de Santo Antônio e Jirau estão programadas pelo governo. O projeto tem sido tratado como prioridade no plano de expansão energética pelo Governo Federal, tanto que as hidrelétricas fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Juntas, Santo Antônio e Jirau terão cerca de 6,5 mil megawatts de potência, a metade da capacidade de Itaipu. A energia será suficiente para abastecer oito vezes mais o que consome Brasília em horário de pico.