O Milan terá mudanças profundas na próxima temporada. O clube anunciou, nesta terça-feira (28), que Leonardo renunciou ao cargo de diretor esportivo do clube e que Gennaro Gattuso pediu demissão, portanto não é mais o técnico da equipe.
O brasileiro, que supervisionava o mercado de transferências para o clube rossonero desde julho do ano passado, foi o responsável pelas contratações do atacante Gonzalo Higuaín, agora no Chelsea; do meia Lucas Paquetá e do polonês Krzysztof Piatek, que se tornaram pilares do time.
“Leonardo Nascimento de Araújo informou ao Milan sobre a decisão de deixar ao clube ao final da temporada. O Milan aceitou a sua demissão. O clube agradece pela sua grande contribuição para o projeto de crescimento e deseja as melhores conquistas para o futuro de sua carreira”, declarou o clube em comunicado oficial.
De acordo com o diretor executivo, Ivan Gazidis, “Leonardo voltou ao Milan em um momento de necessidade, pouco antes do fechamento do mercado de transferências, e apesar de trabalhar em uma situação difícil, sempre mostrou compromisso em sua gestão e transmitiu energia e ambição para toda a equipe”.
Quinto colocado no Campeonato Italiano, o Milan não conseguiu se classificar para a próxima edição da Liga dos Campeões, torneio que o clube não disputa desde 2014. A próxima temporada promete começar com um clube reformulado após as saídas de Leonardo e também do técnico Gattuso.
Embora tivesse contrato até 2021 e conte com o eterno carinho de dirigentes e torcedores devido à história construída como jogador do Milan, Gennaro Gattuso se reuniu com a diretoria nesta tarde e pediu demissão, o que já era previsto.
“Milan e Gennaro Gattuso anunciam que interromperam de forma pactuada e com efeito imediato a relação profissional como treinador do time principal”, explicou a entidade.
O treinador italiano, de 41 anos, substituiu Vincenzo Montella em novembro de 2017 e somou 44 pontos na primeira temporada como técnico, com o clube terminando na sexta posição.
Na atual temporada, Gattuso beirou a classificação para a Liga dos Campeões ao conduzir a equipe ao quinto lugar (68 pontos, recorde do clube desde 2013), apenas um ponto atrás da Inter de Milão, que ficou com a última vaga.
“Deixar o Milan não é fácil. Mas é uma decisão que eu precisava tomar. Foram meses que vivi com paixão, meses inesquecíveis. É uma decisão sofrida. Renuncio a dois anos de contrato porque a minha história com o Milan nunca será questão de dinheiro”, disse Gattuso, em declarações ao jornal italiano “la Repubblica”.