quinta-feira, 19 de setembro de 2024
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Lembo: SP precisa de inteligência, não de tropas

O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, disse ontem que São Paulo não precisa de tropas nas ruas, e sim, de inteligência para combater o crime organizado. A declaração foi…

O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, disse ontem que São Paulo não precisa de tropas nas ruas, e sim, de inteligência para combater o crime organizado. A declaração foi uma resposta ao oferecimento do Exército e da Força Nacional de Segurança feito pelo governo federal.
Para Lembo, a oferta de tropas foi usada como instrumento político, como se fosse a solução para o caos causado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). “Isso é ridículo”, afirmou. O governador lembra que a Força Nacional mandaria, no máximo, “1200 homens despreparados para São Paulo”. “Pra que mentir? Um tanque de guerra na rua daria uma falsa sensação de segurança”, disse na entrevista.
Cláudio Lembo ainda falou sobre a falta de disciplina que rege o cotidiano dos presídios brasileiros o que, para ele, é a raíz de parte do mal que atinge o Estado. “Temos ONGs, inclusive, que atuam a favor do crime, além dos advogados, que são os pombos-correios dos chefes presos”, denunciou. “Mas cumprimos a lei de execução penal e estamos limitados por ela”.
Lembo defendeu o porte de armas para agentes penitenciários e lembrou que o governo federal foi resistente na aprovação da medida. Segundo ele, o governo estadual está preparando uma linha de crédito para que os agentes possam adquirir essas armas.
Cláudio Lembo voltou a dizer que não será necessária a transferência de líderes do PCC para a penitenciária federal de segurança máxima de Catanduvas (PR). Segundo ele, hoje, os líderes estão concentrados nas penitenciárias de segurança máxima de Presidente Venceslau e Presidente Bernardes. “Acho melhor que eles fiquem confinados em um só lugar”, afirmou.
Ele disse acreditar que a disseminação de algumas lideranças da facção para outros presídios tenha contribuído para o aumento das ações criminosas do grupo.

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