O leilão beneficente, com renda a ser revertida para o Hospital Neurológico Ritinha Prates, no próximo dia 24 de janeiro, às 14 horas, está na fase final de captação de prendas e de cabeças de gado e outros animais normalmente vendidos nesses pregões.
Organizado pela Aliança Leilões, com promoção e apoio do Canal do Boi, o evento será nas duas formas, física – com público e compradores presentes no Recinto Clibas de Almeida Prado – e virtual – com lances pela televisão, por meio de transmissão ao vivo.
Quem assiste ao Canal do Boi, especialista em agronegócio, pode acompanhar diariamente uma intensa campanha de arrecadação de donativos que serão destinados à venda. “Todo tipo de produto pode ser doado para o leilão, empresas de eletrodomésticos e utilitários e utensílios e o comércio e indústria em geral, tudo se transforma em renda”, diz o leiloeiro Agnaldo Agostinho, que representa o Canal do Boi na promoção do evento e que vai empunhar o martelo durante o pregão.
Ele reafirma a necessidade do hospital e ratifica que toda e qualquer doação será bem-vinda. “O que dá sustentação ao evento são os bovinos, que representam o maior faturamento. Mas podem mandar ovinos e equinos, que também serão vendidos. Às vezes, o amigo da indústria moveleira acha que não pode contribuir. Engano… Manda um guarda-roupas, que faremos dinheiro dele”, emenda.
O importante trabalho desenvolvido pelo hospital araçatubense justifica o engajamento na causa, ainda conforme observações de Agostinho. “O emprego do recurso alcançado será para a construção de mais 20 leitos para ampliar o atendimento do hospital que hoje recebe 60 pacientes e tem fila de espera”.
O aumento desses 20 leitos está orçado em R$ 1,5 milhão, razão pela qual há a expectativa da realização de outros eventos para atingir esse valor. O leilão, contudo, deve ser o principal. “O Objetivo é atingir esse montante, mas talvez se faça necessário outros eventos de menor porte para completar o total e depois para a manutenção do hospital”, comenta.
O Hospital
O Hospital Neurológico Ritinha Prates tem 60 internos que recebem diariamente, além de cuidados e tratamentos adequados, muito carinho, amor, respeito dos 176 funcionários que se revezam dia e noite para garantir um atendimento de excelente qualidade. No hospital, vivem em sistema de internato, desde bebês até adultos, todos pacientes neurológicos e com deficiências crônicas.
Como a maioria dos internos é abandonada pelos familiares devido à gravidade dos casos e às condições socioeconômicas precárias, fica difícil para a entidade esperar alguma ajuda financeira por parte dos internos. Cada paciente custa para o Ritinha Prates cerca de R$ 3,3 mil, anuais, mas o Governo Federal repassa, através do SUS (Sistema Único de Saúde), R$ 2,2 mil. Mesmo com essa verba o Hospital necessita de ajuda para manter todo um sistema de amparo ao deficiente mental que é totalmente dependente.
Exames e aparelhos de alta complexidade garantem as atividades diárias como alimentação e banho. Só para se ter uma idéia 90% dos internos são acamados e 70% recebem alimentação enteral.
Estrutura
O Ritinha Prates mantém em seu quadro de funcionários, especialistas de diversas áreas como médico (as), enfermeiros (as), fisioterapeutas, farmacêutico, fonoaudióloga, assistente social, terapeutas ocupacionais, dentista, nutricionista e psicóloga. Também dispõe de lactário, local onde são preparadas as dietas dos pacientes, unidade odontológico, salas de emergência, sala de isolamento, sala de esterilização, brinquedoteca, que é essencial para estimular a coordenação motora dos pacientes, e quadra poliesportiva onde são realizadas as atividades de musicoterapia, dança e comemorações de datas festivas; serviços de lavanderia, gerador de energia, sala de estoque e três veículos.
O Ritinha Prates também possui restaurante destinado aos funcionários, e que serve refeições a preço de custo e marmitex a comunidade. (enviada por Hospital Neurológico Ritinha Prates – Paulo Reis Aruca)