Aprovada pelos parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a Lei 17.119/2019, que garante cardápio adaptado a alunos que precisam de alimentação especial em razão da saúde, completa três anos neste mês.
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, 261 estudantes diagnosticados com diabetes estão cadastrados no sistema da pasta e recebem regularmente alimentação escolar especial.
A pasta informou que é importante apresentar o quadro clínico do estudante no ato da matrícula para conseguir o benefício.
A nutricionista Inari Ciccone afirmou que a lei beneficia, principalmente, crianças diagnosticadas com diabetes, que precisam de uma alimentação adequada. “Os cuidados nutricionais após o diagnóstico fazem parte do tratamento e impactam significativamente no controle e no avanço da doença”, afirmou.
Inari disse ainda que a doença pode atrapalhar no desenvolvimento escolar do estudante. “É altamente essencial para o aprendizado da criança que ela consiga ter um controle desses índices glicêmicos ao longo do dia para que ela não tenha prejuízo, principalmente, na parte cognitiva e a do aprendizado, algo que pode acontecer caso os níveis de glicose não sejam mantidos”, disse.
Diabetes é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue, quando há defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, produzido no pâncreas. A insulina promove a entrada de glicose para as células do organismo para que ela ajude em diversas atividades celulares. Portanto, a falta desse hormônio ou o defeito em sua ação podem resultar no acúmulo de glicose no sangue, condição conhecida como hiperglicemia.
Esta condição está associada a lesões da microcirculação, o que pode afetar ou prejudicar o funcionamento dos rins, olhos, nervos e coração. Por isso, é importante controlar a doença e um desses meios é seguir uma dieta que equilibre as taxas de açúcar no sangue.
Segundo a Federação Internacional de Diabetes, existem 32 milhões de pessoas com a doença na América Latina. Eles estimam que o número de adultos diabéticos pode subir para 49 milhões até 2045, um aumento de 50%. O 10º IDF Diabetes Atlas apontou que, no Brasil, é estimado um número de 92,4 mil crianças e adolescentes, entre 0 e 19 anos, com diabetes tipo 1.