sábado, 23 de novembro de 2024
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Lázaro diz que aprende sobre movimentos culturais em atração

Estreia na próxima quinta-feira (11) e vai até dezembro um novo game show da Globo que tem tudo para mexer com as memórias afetivas das pessoas. Trata-se do programa Os…

Estreia na próxima quinta-feira (11) e vai até dezembro um novo game show da Globo que tem tudo para mexer com as memórias afetivas das pessoas. Trata-se do programa Os Melhores Anos das Nossas Vidas.

Apresentado pelo ator Lázaro Ramos, a atração tem como fundamento promover disputas entre as décadas de 1960, 1970, 1980, 1990 e 2000 nos seguintes âmbitos: moda, cultora, arte, esporte, dramaturgia, música, cinema, enfim, tudo o que foi notícia e determinante em cada etapa do Brasil e do mundo.

Lázaro Ramos se diz muito saudosista e encara o desafio com muito vigor. Nascido no final da década de 1970, o ator de 39 anos conta que se identifica muito com cada década, sobretudo às de 1980 a 2000. “Passa um filme na cabeça, o que está acontecendo é que continuo aprendendo. Em um mês de programa, você tem que aprender sobre o muro de Berlim, Lei Maria da Penha. Estou tendo a oportunidade de estudar desde movimentos culturais até saber de notícias que não vivi.”

A cada programa, sempre às quintas após a série Carcereiros, duas épocas duelam. Na dinâmica, elas têm de mostrar a uma plateia de cem jovens, entre 18 e 20 anos, que votam por meio de um dispositivo, que a geração delas foi melhor por meio de musicais, de danças ou shows correspondentes àquele período.

As duas décadas que mais vencerem se enfrentam na grande batalha do último programa da temporada. A cada edição, personalidades dessas áreas que foram fundamentais na composição da história farão participações.

“Teremos a oportunidade de reviver momentos marcantes da nossa infância e adolescência e mostrar aos mais jovens tudo o que eles não viram”, analisa o diretor-geral, Bernardo Portugal. Os cantores Paulo Ricardo e Pepeu Gomes participam da estreia.

Cada uma das décadas será representada por um líder famoso. Na de 1960, Marcos Veras será esse líder, assim como Marco Luque (1970), Lúcio Mauro Filho (1980), Ingrid Guimarães (1990) e Rafa Brites (2000). Para Marcos Veras, “parece que a cada semana é uma estreia de teatro, pois a gente dança, coreografa e entra em pesquisa.”

“Tudo será apresentado de forma interativa, informativa e divertida. O que torna tudo especial é a abordagem. Teremos debate de qualidade, passando por assuntos como o tricampeonato do Brasil em 1970, às vitórias do Ayrton Senna [1960-1994], o axé nos anos 1990 e muito mais”, analisa a redatora final, Paula Miller.

O palco de 300 metros quadrados também entra no clima saudosista e vira uma viagem no tempo. Em formato de túnel, conta com 91 telas de LED de alta resolução e espelhos para fazer as imagens se multiplicarem e criar figuras emblemáticas. Os musicais no palco ganham a ajuda da banda fixa da atração, composta por 14 integrantes.

FAMOSOS DEFENDEM SEUS TIMES

A disputa será constante entre os líderes das equipes. Para Ingrid Guimarães (década de 1990), o programa será importante. “Era adolescente na década de 1990. Então, desde desenhos animados até as músicas, eu lembro de tudo, do bloqueio da poupança, fui cara-pintada. O programa fica muito pessoal e trazemos nossa experiência. O fato de ter plateia é legal porque eles não viveram aquilo e têm reações diversas. O mais interessante é que o fato da memória é muito falha no nosso país. Bom resgatar.”

Lúcio Mauro filho (década de 1980) conta que viveu nessa década na qual aconteceu muita coisa no universo pop, além do fim da Guerra Fria. “Todo ano comprava um almanaque e agora revivo isso. Tem química aqui que funciona, com Ingrid fiz novela, cinema com Veras, fiz Escolinha [Do Professor Raimundo] com o Luque. E com o Lázaro já até namorei”, brinca.

Já na opinião de Rafa Brites (década de 2000), a atração será rica porque o programa traz informação e serviço para quem assiste por meio de pesquisas minuciosas, além de resgatar o figurino. “A gente consegue ver coisas que nossos pais contam até hoje. Tive acesso a brinquedos que minha mãe brincava e agora conheci. Nos anos 2000, no lado de música, por exemplo, a Pitty não existiria sem a Rita Lee, que vem de outra década. Então uma completa a outra.”

Marco Luque diz que é uma honra participar. “Lembro do gosto da chupeta, pois estava nascendo em 1970, época que eu defendo”, diverte-se o ator de 44 anos. “Mas além da disputa eu vejo que em casa a família poderá assistir junta enquanto a gente brinca de rivalizar.”

Marcos Veras não conhece muito da década de 1960, a que ele defende, e considera um desafio maior, pois terá que se ater a coisas que ouviu falar. “Temos que estudar mais, mas sempre de forma divertida. Gravei uma disputa com a Rafa, anos 1960 contra 2000, e o legal é que os jurados de 18 a 20 anos não viveram nada do que assistiram. Somos os professores dessa galera. Mistura boa que já deu certo.”

PESQUISA E PRODUÇÃO ELABORADOS

O trabalho de pesquisa e produção para a atração teve de ser muito detalhista e concentrado nos principais fatos que ajudaram a mudar e a mexer com as gerações. São cerca de dez profissionais que se dividem em pesquisa de texto e de imagem, em um trabalho que já dura cinco meses.

Serão usados jornais, acervos públicos e de notícias, fotos e vídeos para a produção do que será visto no palco para representar as décadas. A produção de arte da Globo produzirá réplicas de objetos marcantes e comprou artigos de colecionadores para fazer o telespectador entrar numa imersão e numa viagem histórica.

Cada equipe, formada pelo líder famoso e por mais alguns convidados, estará caracterizada com peças e roupas da época. Estarão representadas na moda as culturas hippie, disco, clubber, grunge, caubói, dentre outras.

O formato é da Endemol, mas a adaptação será nova. “A gente fez do nosso jeito. Os líderes usam de gírias, de danças, de performances mais artísticas e ficará mais fácil para as pessoas entenderem”, reforça Bernardo. “Criamos vários quadros também de acordo com a realidade brasileira. Com informações da Folhapress.

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