sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Laudo do IML aponta que advogado morreu por causa de soco

De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) a causa da morte do advogado Celso Wango, 58 anos, foi devido ao soco e não à queda. O soco,…

De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) a causa da morte do advogado Celso Wango, 58 anos, foi devido ao soco e não à queda. O soco, desferido por Emerson Ricardo Fiamenghi, de 44 anos, após um desentendimento entre os dois, teria provocado traumatismo craniano no advogado.

A briga aconteceu no sábado (12), após o jogo final entre Palmeiras e Chelsea. Inicialmente, o desentendimento teria sido por conta do jogo, já que Emerson é corinthiano e Celso era palmeirense, no entanto, com os testemunhos o delegado responsável pelo caso, João Lafayete Sanches, do 1º DP, entendeu que essas divergências já vinham de antes, quando Celso fez parte da diretoria de uma gestão anterior à gestão de Emerson, que era o atual síndico do prédio ‘Terraço Juscelino’.

No laudo consta que a morte foi em consequência de traumatismo cranioencefálico, devido à ação vulnerante de agente contundente. O soco afetou o lado esquerdo do rosto da vítima, local onde foram apontadas várias fraturas.

Lafayete detalhou que “parecia que tinha ‘moído’ o lado esquerdo da vítima, onde ela levou o soco. Por mais que também tenha tido lesões na parte de trás da cabeça, após a queda, elas não foram a causa da morte”.

O delegado encerrou as investigações e agora cabe à justiça decidir se será lesão corporal seguida de morte e homicídio com dolo eventual. Na lesão, o autor age com dolo, ou seja, com intenção de machucar, mas sem intenção do resultado, no caso a morte. Já o homicídio com dolo eventual é quando o autor assume o risco de matar. “Foi um soco muito forte. Ele (autor) não queria matar, mas assumiu o risco com o soco dado”, afirma Lafayete.

O autor alegou em depoimento que agiu em legítima defesa, pois estava se sentindo ‘acuado’. Testemunhos de familiares e amigos da vítima contradizem essa versão e afirmam que Celso teria descido apenas para conversar e foi surpreendido com o soco, sem ter tempo nem de reagir.

Emerson responde pelo crime em liberdade, após conseguir um habeas corpus pela Justiça de SP.

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