quinta-feira, 24 de outubro de 2024
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Ladrões mantêm padres reféns por 3 horas

Dois ladrões armados com revólveres mantiveram quatro padres de Fernandópolis reféns por cerca de três horas, nesta quarta-feira, na Casa Paroquial, que fica no centro da cidade. O assalto começou…

Dois ladrões armados com revólveres mantiveram quatro padres de Fernandópolis reféns por cerca de três horas, nesta quarta-feira, na Casa Paroquial, que fica no centro da cidade. O assalto começou por volta das 21 horas e só terminou depois de meia noite, com os religiosos trancados dentro de um quarto. A dupla queria o cofre da Igreja, mas levou apenas R$ 480 em dinheiro, celulares e aparelhos eletrônicos.

O padre Carlos Fabri, pároco da cidade, foi o primeiro rendido pelos ladrões, quando chegou na casa, depois de rezar uma missa na Igreja Matriz. Os bandidos estavam no quintal. “Eles apontaram as armas para mim e me obrigaram a entrar na casa, dizendo que iam esperar os outros padres chegarem, mas que queriam saber onde ficava o cofre. Eu disse que não temos cofre na Casa. Apenas na Igreja, mas que somente o tesoureiro tem o segredo e a chave”, contou padre Carlos.

Os outros padres chegaram pouco tempo depois e foram rendidos, sem nenhuma outra agressão. Apenas ameaças, com os revólveres apontados para as cabeças dos padres Carlos e Eduardo Magnani.

“O tempo todo eles diziam que tinha outros bandidos do lado de fora da casa e que se fizéssemos alguma coisa eles nos matariam. Um deles disse que me mandaria para o inferno com um tiro”, contou o padre. Esse, mais nervoso, aparentava 25 anos, segundo o padre Deoclides Lolis. “Ele estava agitado e dava a impressão de estar drogado”, contou. O padre é diretor de uma casa de recuperação de menores, conveniada com a Casa Escola (antiga Febem). O outro bandido aparentava cerca de 50 anos.

O mais velho tomou um celular de Eduardo Magnani, mas devolveu o chip eletrônico do aparelho. “Ele disse que o chip contém minha agenda e as ligações que eu fiz, e que isso só interessa a mim. Disse também que só precisava do aparelho”, contou.

Comida
Além do assalto, a dupla exigiu que os padres fizessem comida, porque estavam com fome. “O padre Edwagner (Tomaz da Cruz) foi para a cozinha fazer arroz e bife para eles comerem, enquanto ficamos num quarto”, contou Carlos Fabri. A quantidade preparada era para quatro pessoas, mas somente dois pratos foram usados. Os demais, segundo a dupla, não queriam ser vistos pelos religiosos porque seriam conhecidos.

Após o jantar, os ladrões levaram os padres para outro quarto, no fundo da casa e pediram que saíssem somente depois de 40 minutos.

O delegado Gérson Piva, da Delegacia de Investigações Gerais, instaurou inquérito para apurar o assalto. “Não temos nenhuma pista”, resumiu.

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