Dois cofres, com cerca de R$ 500 mil entre joias e dinheiro, foram furtados ontem de madrugada de uma padaria no bairro São Deocleciano, em Rio Preto. Os cofres foram levados depois que os ladrões arrombaram a porta da frente do estabelecimento comercial. Cada objeto, com aproximadamente um metro e meio de altura, pesava meia tonelada.
A proprietária do local, a comerciante M.R.M, de 46 anos, conta que encontrou a porta arrombada ao chegar para trabalhar, às 3h50. “Quando estava chegando vi um carro tipo furgão em alta velocidade descendo a rua. Quase fui atropelada por ele. Assim que cheguei vi o cadeado e a porta arrombados”, afirma. O marido dela, I.M.S., conta que os cofres continham aproximadamente R$ 67 mil em dinheiro, mais R$ 2 mil em cheques e diversas joias em ouro pertencentes à família, além de documentos.
“Toda a nossa economia estava ali. Eu investia nossa renda em ouro e agora perdi tudo. Não sei o que fazer. Nossa vida inteira de trabalho foi levada”, diz. Parte do dinheiro era do pagamento de contas, pois o estabelecimento funcionava também como correspondente bancário. O dinheiro seria levado à agência ontem. “Esse valor era das contas que recebemos na sexta-feira e no sábado pela manhã. Não tinha dado tempo de depositar”, conta o comerciante. Um cartaz comunicando aos clientes sobre o cancelamento desse tipo de serviço, devido ao furto, foi colocado na entrada do imóvel. “Vou parar com tudo. Não pretendo continuar nem com a padaria”, afirma o comerciante.
A ação
Imagens do circuito interno de câmeras de segurança mostram o momento em que um rapaz, usando moletom com capuz se aproxima da porta da frente da padaria. Para não ser reconhecido o suspeito tenta esconder o rosto com a mão e a blusa. Ele ainda vira a câmera de segurança para cima e a ação não é mais filmada. O HD do computador onde ficam registradas as imagens das câmeras também foi levado pelos ladrões. O comerciante lembra que os cofres eram de aço e blindados. Para carregar cada objeto eram necessário pelo menos cinco homens.
O caso foi registrado no 3º Distrito Policial e será investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG). “Vamos analisar as imagens do circuito de câmeras para tentar levantar os supostos autores do furto”, diz o delegado Fernando Nunes Tedde, da DIG.
A Polícia Civil orienta que comerciantes não guardem grandes quantidades de dinheiro ou objetos de valor em casa ou nos estabelecimentos. E sempre procurem uma empresa ou agência bancária para fazer esse tipo de serviço.
