A OMM (Organização Meteorológica Mundial), agência da ONU (Organização das Nações Unidas), afirmou que há 60% de probabilidade das condições da La Niña surgirem no final deste ano. O fenômeno ocorre quando há resfriamento da faixa Equatorial Central e Centro-Leste do Oceano Pacífico, com uma diminuição da temperatura igual ou maior a 0,5ºC nas águas do oceano.
O fenômeno acontece a cada três ou cinco anos e, no Brasil, costuma causar aumento das chuvas no Norte e no Nordeste, tempo seco no Centro-Sul e chuvas mais irregulares na região, tempo mais seco no Sul e condição mais favorável para entrada de massas de ar frio e maior variação térmica.
A organização aponta que as condições do fenômeno estão “neutras”, mas alertou que o aquecimento a longo prazo do planeta ainda ocorrerá. As previsões mais recentes apontam que as condições da La Niña devem aparecer entre setembro e novembro de 2024 e entre outubro deste ano e fevereiro de 2025.
O pico da La Niña deve ocorrer entre novembro e janeiro, mas o fenômeno não deve ser intenso ou prolongado, segundo a previsão mais recente da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
Em 2024, o El Niño foi um dos mais intensos já registrados e gerou impactos em todo o país. O fenômeno costuma reforçar o calor no verão e abrandar o inverno por dificultar o avanço de frentes frias no país.
Ele também causa secas no Norte e Nordeste e chuvas excessivas no Sul e no Sudeste. Apesar do fim do fenômeno, o inverno no Brasil foi muito impactado por sua influência, principalmente por conta de sua intensidade ao longo dos meses.