sexta, 1 de novembro de 2024
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Justiça solta professor que atropelou manifestantes em Mirassol

A justiça decidiu nesta última quinta-feira, (16/02/2023), soltar o professor de 28 anos que atropelou cerca de 17 pessoas no dia 02 de novembro do ano passado, durante uma manifestação…

A justiça decidiu nesta última quinta-feira, (16/02/2023), soltar o professor de 28 anos que atropelou cerca de 17 pessoas no dia 02 de novembro do ano passado, durante uma manifestação contra os resultados das eleições, na rodovia Washington Luís, em Mirassol (SP).

O promotor de justiça, Hérico William Alves Destéfani, disse que o investigado é primário, possui bons antecedentes, residência fixa, trabalha em duas escolas e ainda ministra aulas particulares aos finas de semana. Ele afirma que o professor não se opôs a prisão e foi conduzido à Delegacia sem necessidade de algemas, onde, ao passar pelo manifesto, seu veículo ficou completamente destruído pelos manifestantes que incitavam palavras de ódio e queriam fazer justiça com as próprias mãos, onde também sofreu agressões.

O juiz de Mirassol, Marcos Takaoka, acatou o pedido do Ministério Público e deferiu a liberdade provisória do professor.

“Defiro a liberdade provisória ao acusado, considerando o tempo de prisão preventiva até o momento (superior a 90 dias), a instrução ainda depender de diligências potencialmente demoradas (laudos periciais de diversas vítimas) e, sobretudo, por estarem atualmente ausentes os requisitos da prisão preventiva”, disse.

De acordo com informações do boletim de ocorrência do dia do fato, a manifestação acontecia na pista sentido São José do Rio Preto e, em determinado momento, um manifestante passou a incitar a população a bloquear totalmente o trânsito, onde as pessoas que estavam às margens da rodovia foram para o meio da via, impedindo então a passagem dos veículos. O motorista, de 28 anos, que passava pelo local dirigindo um Fox, foi cercado pelo grupo, acelerou e acabou atropelando os manifestantes.

Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas, entre elas dois policiais que estavam no local. O motorista foi abordado por policiais rodoviários e manifestantes passaram a agredi-lo com socos, chutes, sendo retirado do local por policiais. Junto com ele estava a mãe como passageira do veículo.

Em seguida o grupo de apoiadores do presidente Bolsonaro passaram a depredar o veículo, que ficou completamente destruído. O motorista passou pelo teste do bafômetro, que deu negativo. Para a polícia ele contou que estava saindo de Mirassol com destino a São José do Rio Preto, quando as pessoas passaram a impedir sua passagem e começaram a agredi-lo ainda dentro do automóvel, onde, com medo, ele então acelerou o veículo e acabou atingindo algumas pessoas.

O professor sofreu ferimentos no rosto causados pelas agressões dos manifestantes e não resistiu ao ser detido. Ele foi preso em flagrante por homicídio e estava preso desde então.

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