sábado, 26 de outubro de 2024
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Justiça solta principal suspeito de matar Delanzim

O Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul soltou, no início da noite de segunda-feira (11), Cézar de Lima Queiroz Júnior, de 22 anos, conhecido por Badim…

O Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul soltou, no início da noite de segunda-feira (11), Cézar de Lima Queiroz Júnior, de 22 anos, conhecido por Badim ou Cézar Júnior, principal suspeito de matar com disparos de revólver a vítima Vanderlan Alves de Freitas Filho, de 22 anos, conhecido por Delanzim. O crime ocorreu no último dia 26 de julho, na rua Major Heliodoro Rodrigues, Jardim Redentora.

O pedido de habeas corpus foi impetrado pelo Escritório de Advocacia Trad, estabelecido em Campo Grande-MS.

O advogado Ricardo Trad alegou no pedido que “as investigações estão transcorrendo normalmente na Delegacia de Polícia de Paranaíba, e diante dessa circunstância não há culpa formada em relação a César Júnior. A prisão preventiva foi decretada pelo juiz da Vara Criminal da Comarca de Paranaíba, mas devemos obediência à Constituição Federal, no sentido de que ninguém deve ser considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença condenatória. O Cézar, sendo ou não o autor do fato, possui todos os requisitos para responder ao processo em liberdade: primário, não é perigoso e não ostenta antecedentes criminais”.

Ricardo Trad, em entrevista na manhã de ontem ao Programa Tribuna Livre, da Rádio Difusora, disse que, diante desses principais argumentos da defesa, em nome do princípio da não culpabilidade e da presunção de inocência, o Tribunal de Justiça, através de uma limitar, isto é, não é definitiva, decidiu determinar que Cézar Júnior aguarde em liberdade, por enquanto, o desfecho da ação penal.

Segundo o advogado, não existe denúncia do Ministério Público Estadual oferecida contra Cézar Júnior. “É através da denúncia que iremos tomar conhecimento da imputação que vai ser dirigida ao Cézar Júnior”.

Ricardo Trad disse ainda que a população de Paranaíba deve ficar atenta, sobretudo pelo princípio democrático e constitucional que norteia um processo penal. “Quantas pessoas inocentes foram presas e depois absolvidas e a população, no fervor dos acontecimentos, se revolta por um motivo ou outro. A população precisa aguardar com tranqüilidade o posicionamento da justiça”, finalizou o advogado.

Cézar de Lima Queiroz Júnior foi preso, por volta das 20 horas do último dia 27 de julho (um dia após o crime), na cidade de Palmeira D’Oste-SP.

Conforme apurou a Polícia Civil, ele saiu de Paranaíba no sábado à noite com destino a cidade de Fernandópolis-SP, onde mora em uma república e cursa medicina veterinária com a mesma turma de Delanzim.

Cézar Júnior pegou o veículo de um amigo sem permissão e desapareceu. Na manhã de domingo (27) o dono do carro procurou a Delegacia de Polícia de Fernandópolis e comunicou o fato. O veículo foi encontrado sem combustível na cidade de Ilha Solteira-SP. O suspeito encontrava-se hospedado em um motel às margens da rodovia próximo a Palmeira do Oeste.

A Polícia Civil apurou ainda que ele fora levado para o motel por pessoas da família e certamente com a finalidade de escondê-lo, pois o mesmo deve ter comunicado seu envolvimento no crime em Paranaíba.

Ao ser recambiado para o Primeiro Distrito Policial de Paranaíba, o mesmo estava com alucinações e aparência que teria feito uso excessivo de drogas. Ele foi atendido no Primeiro Distrito Policial por um médico psiquiatra.

Mesmo antes de ser interrogado, o suspeito nega de forma veemente qualquer tipo de participação no crime.

No último dia 6 foi decretada a prisão preventiva de Cézar Júnior. O seu depoimento estava previsto para esta semana, mas o delegado que cuida do caso, Ricardo Santos de Carvalho, foi surpreendido com o hábeas corpus.

As investigações já haviam apontado também o suspeito de estar pilotando a motocicleta que foi vista por testemunhas no dia do crime. Segundo o delegado, o pedido de prisão preventiva do mesmo poderia ocorrer ainda nesta semana, logo após o interrogatório de Cézar Júnior. Agora, como o principal suspeito de praticar o bárbaro crime foi colocado em liberdade, as linhas de investigações podem sofrer algumas alterações. (Leidiane Sabino / Maurílio Alves)

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