sábado, 21 de setembro de 2024
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Justiça manda vereadores de Castilho demitir parentes

A prática do nepotismo – empregar parentes na prefeitura e câmara sem concurso público – inicia sua caminhada para o fim. Contudo, pelo menos, na Câmara Municipal de Castilho ele…

A prática do nepotismo – empregar parentes na prefeitura e câmara sem concurso público – inicia sua caminhada para o fim. Contudo, pelo menos, na Câmara Municipal de Castilho ele está com os dias contados. Em fevereiro passado, o castilhense e bacharel em administração de empresas Luciano Nóia Pereira, 28 – juntamente com Roberto do Nascimento Santos e Albecyr Pedro da Silva, [co-autores] – protocolou no Fórum da Comarca de Andradina, uma ação popular pedindo o fim do nepotismo naquele município. A sentença foi anunciada esta semana.

O vereador Carlos Roberto de Oliveira (popular Carlinhos da Algodoeira), presidente da Câmara de Castilho, será obrigado a demitir seu irmão Sebastião Reis de Oliveira e sua esposa Quédima Amorim de Oliveira. Segundo informações colhidas com vereadores da oposição – que pediram para não serem identificados – o salário de “Tião” seria exorbitante. Eles especulam R$ 5.500,00 reais. Quédima recebe aproximadamente R$ 2.700,00 reais. Também está registrado o caso de uma contratação disfarçada daquela casa, é o caso do vereador Daniel de Oliveira, que tem contratado “pela câmara” seu filho Victor Hugo. Trata-se de nepotismo cruzado, uma vez que “foi Algodoeira quem o contratou”. Hugo recebe outros especulados R$ 3.000,00 reais. Flávio Nascimento (filho do finado e ex-prefeito José Miguel) contratou sua irmã Denise de Fátima Nascimento como assessora legislativa, com salários de quase R$ 2.000 reais.

Antes de iniciar uma guerra na justiça contra a Câmara de Castilho, Nóia conta que apresentou um humilde, e pretensioso requerimento à casa, apresentando aos vereadores o artigo 37 da Constituição Federal que proíbe a pratica do nepotismo. “Eu tentei sensibilizá-los, mas foi em vão. Eles não estão nem ai para o que a população pensa. São traidores do sistema democrático. Tomam para si aquilo que é de todos nós. Eles governam para eles, e fazem dos órgãos públicos, uma empresa a serviço exclusivo deles”, comenta Luciano Nóia.

O indignado autor da denúncia conclui que a demagogia impera em Castilho, e determina que “é preciso destruir mais esse câncer [nepotismo] que corrompe alguns políticos.” “Essa orgia com o poder e com o dinheiro público tem que acabar. Agora farei o possível para que seja estabelecida a censura ao nepotismo dentro da Prefeitura de Castilho, que hoje tem como imperador Joni Buzachero”.

O autor da ação anti-nepotismo garante que não tem nada pessoal contra quaisquer políticos, mesmo os que ele próprio classifica como demagogos. “Sou cidadão consciente, combato idéias e não pessoas, mas se eles [políticos] estiverem “magoados” comigo, sinceramente eu lhes peço desculpas por ainda sonhar uma Castilho; num lugar onde sejam respeitados as leis e o povo. Por enquanto, é só isso que quero”.

Na verdade a citada ação visou, primeiramente, atingir a câmara de vereadores, com respingos na prefeitura. “Então se conseguisse matar duas cobras com uma só paulada isso seria maravilhoso, mas de qualquer maneira, acredito que o prefeito já esteja preocupado”, ironiza.

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