Quase dois anos depois, Manoel Américo da Costa, de 67 anos de idade, vai ao banco dos réus pela acusação de ter matado por asfixia a jovem Priscila de Souza, de 22 anos, e de em seguida, ter ateado fogo ao corpo dela, em um canavial ao lado da estrada Adriano Pedro Assi (27).
Às 9h, o Tribunal do Júri – presidido pelo juiz Jorge Canil vai se reunir no Fórum da Comarca, para a formação do Conselho de Sentença, que vai decidir a sorte do acusado, preso desde a noite do crime, em 3 de setembro de 2010.
Segundo a denúncia do Ministério Público, que será representado pelo promotor Marcus Vinícius Seabra, Manoel vai responder por homicídio triplamente qualificado agravado por ocultação de cadáver.
De acordo com a acusação, o acusado, inconformado com o fato da vítima, Priscila, pretender romper um relacionamento amoroso que mantinham, e estando os dois no veículo do réu.
Em determinado trecho, junto a um canavial, Manoel parou o carro e sem que a vítima pudesse se defender, teria pegado uma gravata que levava no veículo, colocado no pescoço da moça e a enforcado.
Ainda segundo a denúncia, a superioridade física do acusado impediu qualquer chance de defesa, tendo Priscila falecido de asfixia, após sofrimento prolongado. Em seguia, ele retirou o corpo do veículo e o colocou em um canavial, incendiando a vegetação ao redor com fósforos que levava consigo.
Esta versão teria sido admitida pro Manoel, na presença de um representante do Ministério Público.
Já a estratégia da defesa, segundo o advogado criminalista Marcus Gianezi, é da negativa de autoria. “O processo não tem elementos absolutos para justificar a condenação. Eu vou esclarecer os fatos no plenário do tribunal”, afirmou Gianezi, que terá como assistente de defesa o também advogado Silvânio Hortêncio Pirani.
No último dia 18, foram sorteados os nomes de 25 pessoas que devem comparecer hoje ao tribunal para a formação do Conselho de Sentença. O julgamento será conduzido pelo juiz de direito Jorge Canil.