O juiz Heitor Katsumi Miura, da 2ª Vara Cível da Comarca de Fernandópolis, acolheu parcialmente pedido de tutela antecipada formulado pelo 2º Promotor de Justiça, Denis Henrique Silva, e determinou a interdição das arquibancadas metálicas situadas atrás do gol dos vestiários do Estádio “Cláudio Rodante”.
A ação civil pública foi ajuizada depois que a Promotoria teve acesso aos laudos de vistoria formulados pelos engenheiros designados pela Federação Paulista de Futebol, José Antônio Spotti Lopes e Ansel Lancman, que constataram uma série de irregularidades.
Entre as mais graves, estão a arquibancada metálica que foi interditada, um ressalto na área de circulação dos torcedores, que poderia provocar tombos e pisoteios e problemas de saída de emergência e de escada de acesso ao setor de arquibancada que normalmente é utilizado pela torcida visitante.
De acordo com o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros, cuja validade vai até 27 de abril de 2013, o “Cláudio Rodante” está capacitado para abrigar em segurança até 7.850 pessoas num evento esportivo ou de outra natureza.
Na realidade, as arquibancadas metálicas do gol dos fundos sempre foram uma espécie de “elefante branco” da praça de esportes municipal.
Em 1994, o Fefecê sagrou-se campeão da 2ª Divisão paulista. Porém, para que ascendesse à divisão superior, o então presidente da Federação Paulista, Eduardo José Farah, exigiu que a capacidade de público sentado fosse aumentada para 10 mil pessoas.
O prefeito da época – o mesmo Luiz Vilar que administra atualmente a cidade – construiu “a toque de caixa” a tal arquibancada, que, entretanto, jamais foi utilizada.
Segundo um antigo torcedor do Fefecê, “só vi gente sentada nela num bingo que fizeram no estádio”, garantiu.