A Justiça dos Estados Unidos definiu, hoje, que é apta a julgar os processos do acidente da Gol, que deixou 154 mortos no dia 29 de setembro de 2006, quando o Boeing da empresa se chocou com um jato Legacy da ExcelAir fabricado pela Embraer. Na decisão, determinou que todos os 120 processos de indenização a famílias de vítimas do acidente da Gol devem ser reunidos em um caso. Além disso, determinou que os pilotos americanos do Legacy, Jean Paul Paladino e Joseph Lepore, serão réus no processo.
Responderá também à Justiça a Embraer, a Rayteon – fabricante do software de controle aéreo -, e a Lockheed Martin, que produz turbinas. Além deles, a Excel Air e a Honeywell, que produz o transponder, também serão tidos como réus.
Antes da decisão da Justiça americana, havia três escritórios de advocacia representando as famílias das vítimas. Os familiares decidiram entrar com o processo na Justiça americana pois acreditam que, assim, o processo será decidido mais rapidamente. Oficialmente, 110 famílias de vítimas da Gol subscrevem a ação indenizatória que tramita em um tribunal de Nova York.
Nesse caso, o pedido de ressarcimento é contra a ExcelAire, proprietária do Legacy, e a Honeywell, fabricante do transponder (equipamento que estabelece o contato entre a aeronave e os radares em terra) do jato.
No dia 31 de agosto deste ano, a Justiça fluminense tomou a primeira decisão favorável a uma das vítimas do acidente da Gol. Apesar disso, o advogado que defende 58 parentes de vítimas da tragédia do vôo 1907, afirma que os valores definidos pela justiça brasileira, em R$ 2,1 milhões, deve ser revisado par baixo por outras instâncias.