A Justiça Criminal de Fernandópolis prorrogou por mais cinco dias a prisão dos 13 empresários presos na operação “Fratelli” (irmãos em italiano), na última terça-feira.
O prazo da prisão temporária terminava hoje, mas foi ampliada sob o argumento de que os presos poderiam atrapalhar as investigações.
Os acusados de fraudar licitações em todo Estado de São Paulo – valor que pode chegar a R$ 1 bilhão – continuarão no Centro de Detenção de Provisória (CDP) de Rio Preto. Os advogados prometem entrar com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo para tentar tirar seus clientes da cadeia.
“Precisamos saber do que eles estão sendo acusados. Agora, na segunda-feira vou redigir pedido de habeas corpus”, afirmou o advogado Rodrigo Carneiro Maia, contratado pela família de Osmar Cavariani.
Ontem, os advogados começaram a receber cópias dos processos e analisarão neste final de semana para realizar os pedidos de liberação dos detentos.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), comandado pelo promotor de Justiça João Santa Terra, ouviu três acusados e três testemunhas até o momento. Todos os acusados permaneceram em silêncio.
“Nós temos uma ideia de qual seja a acusação pelo que saiu na imprensa. Mas eles só deverão se manifestar depois de saber do que são acusados”, disse o advogado de três dos 13 presos na operação, Guilherme San Juan Araújo.