domingo, 24 de novembro de 2024
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Justiça condena ladrões que mataram menor a 213 anos de prisão

A Justiça condenou nesta quarta-feira, 5, quatro integrantes de quadrilha que participou de roubo a joalheria Constantini, em julho de 2017, na rua Siqueira Campos, em Rio Preto. Durante a…

A Justiça condenou nesta quarta-feira, 5, quatro integrantes de quadrilha que participou de roubo a joalheria Constantini, em julho de 2017, na rua Siqueira Campos, em Rio Preto. Durante a ação, um dos disparos atingiu e matou o adolescente Pedro Henrique Bueno de Oliveira, 17 anos, que estava no Calçadão. Na fuga, um dos criminosos atirou e feriu dois guardas municipais que atenderam a ocorrência.

O juiz auxiliar da 4ª Vara Criminal Eduardo Garcia Albuquerque condenou os ladrões a penas que, juntas, somam mais de 213 anos de prisão. O grupo foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de roubo e associação criminosa. De acordo com a sentença, Rosinaldo Vieira dos Santos, Anderson Daniel de Oliveira, Roberto Pereira Neto e Willian Seixas foram até a joalheria após fazerem o reconhecimento do local.

Na decisão consta que William estacionou o veículo em frente à empresa, enquanto Anderson, armado com uma metralhadora, permaneceu no carro para dar cobertura a Rosinaldo e Roberto, que entraram na loja e renderam as funcionárias, que foram levadas para o fundo do prédio e foram ameaçadas. Elas permaneceram o tempo todo sob a mira das armas dos assaltantes, que ordenaram a abertura do cofre e pegaram joias e relógios, inclusive os que estavam na vitrine.

Pessoas que estavam passando pelo local perceberam a movimentação estranha e avisaram os guardas municipais. Cleiton José da Silva Gomes e Tassia Tomada Dourado, que estavam nas imediações e foram até o local. Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança. As imagens mostram quando Anderson, que dava cobertura aos comparsas armado com uma submetralhadora, sai do carro e se aproxima dos guardas municipais. Ele desfere duas rajadas de tiros, atingindo tanto Gomes, que teve depois de amputar parte de sua perna direita, quanto Tassia, ferida no abdômen.

“Em razão do uso da arma de fogo e da consequente violência empregada, os acusados deram causa à morte do adolescente Pedro Henrique Bueno de Oliveira, bem como lesões corporais de natureza grave em Cleiton e Tassia”, consta na sentença obtida com exclusividade pelo Diário da Região.

Os dois ladrões que estavam no interior da loja, após ouvir os disparos, saíram do prédio e dispararam novamente de forma aleatória em direção ao Calçadão de Rio Preto. Uma das balas atingiu o adolescente Pedro, que morreu no local. Em seguida, o grupo fugiu para São Paulo e, posteriormente, para a Baixada Santista. De acordo com o magistrado, embora Hailton José Ribeiro de Faria Filho não tenha participado diretamente do assalto, ele teria sido responsável pela logística do crime.

“Pelo conjunto probatório, ficou demonstrado que os réus estabeleceram entre si um vínculo associativo estável e permanente, voltando para a prática de mais de um crime”, consta em trecho da sentença de Albuquerque. Anderson foi condenado a pena de 57 anos e quatro meses de prisão pelo juiz. Hailton foi condenado a 44 anos de reclusão. Já Rosinaldo pegou 63 anos e sete meses de prisão pela Justiça, enquanto que Willian foi condenado a 48 anos e oitos meses de reclusão. O processo foi suspenso em relação a Roberto, enquanto que Diego Moraes de Trindade foi absolvido pelo magistrado.

Os condenados podem recorrer da decisão junto ao TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). Durante o processo, Anderson admitiu que foi o responsável pelos disparos contra os guardas municipais, mas se arrepende. Já Rosinaldo negou ter participado do crime, enquanto Hailton disse que veio para o município para passear com a família. Willian admitiu que iria dirigir o veículo para o grupo praticar o crime, conforme consta na sentença.

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