sábado, 23 de novembro de 2024
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Justiça condena Galã do Tinder a 4 anos e 6 meses de prisão

A Justiça de São Bernardo do Campo, ABC Paulista, condenou no domingo (12) a quatro anos e seis meses de prisão por estelionato o fernandopolense Renan Augusto Gomes, conhecido como…

A Justiça de São Bernardo do Campo, ABC Paulista, condenou no domingo (12) a quatro anos e seis meses de prisão por estelionato o fernandopolense Renan Augusto Gomes, conhecido como Galã do Tinder. Ele foi preso depois de ser acusado de aplicar um golpe que deu prejuízo de R$ 150 mil a uma mulher na cidade. A vítima havia conhecido o golpista por um aplicativo de relacionamentos.

Renan irá cumprir a pena em regime fechado. Este tipo de crime poderia variar de um a cinco anos de detenção, segundo o Código Penal.

Uma das testemunhas do caso perdeu R$ 500 mil para o golpista e foi identificada depois da repercussão do crime.

O g1 não conseguiu localizar a defesa de Renan até a última atualização desta reportagem.

Outros alvos
Renan foi preso pela Polícia Civil no dia 21 de setembro, em São Paulo, depois de tentar fugir com um carro importado.

A perseguição foi filmada por câmeras da viatura policial, outra de segurança e pelo celular de uma testemunha. As imagens gravaram o momento que o carro dele bateu em três veículos e depois parou. O homem foi detido depois pela Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de São Bernardo.

Após a prisão de Renan, ao menos cinco novos inquéritos foram abertos. Várias mulheres procuraram a polícia e o Ministério Público e disseram terem sido vítimas. Os casos são investigados. Entre elas está a mulher que teve prejuízo de R$ 500 mil, outra falou que gastou R$ 15 mil com o homem e mais uma disse que perdeu R$ 8 mil com ele.

Uma mulher de São Paulo guardou por 10 anos alguns prints de ameaças. Ela o conheceu pela internet em 2011, quando os dois moravam em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.

Como eram os golpes
Para se aproximar das vítimas e enganá-las, Renan dizia que era filho de alemães e tinha perdido os pais em um acidente no interior paulista, segundo a investigação da Polícia Civil e a promotora de Justiça Erika Pucci.

Para tirar valores, ele pedia empréstimos bancários ou em dinheiro vivo para ajudá-lo a abrir ou manter uma suposta empresa, que nunca existiu.

Segundo a polícia, Renan tinha diversos perfis em redes de relacionamento, entre eles o Tinder, Inner, Happn, Lovoo, e se identificava como Augusto Keller.

Com o tempo de relacionamento, ele passava a pedir dinheiro emprestado alegando problemas com a receita ou com os bancos, e depois desaparecia deixando as vítimas com dívidas.

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