Acusada de arquitetar uma tentativa de homicídio em Manaus ano passado, a socialite Marcelaine dos Santos Schuman, 36, a “Elaine”, saíra da prisão e responderá pelo crime em liberdade provisória. Na última segunda-feira (16), a Justiça concedeu o direito de relaxamento da prisão à ré, que é casada com um votuporanguense (Edmar Costa, proprietário da Oana Publicidade).
O juiz Mauro Antony, da 3ª Vara do Tribunal do Júri, aceitou as alegações dos advogados e emitiu um mandado de relaxamento de prisão para Marcelaine por volta das 15h30. O “caso Marcelaine”, como ficou conhecido o crime, envolve um triângulo amoroso entre amantes.
Outra ré que ganhou relaxamento de prisão da Justiça e responderá também em liberdade pelo envolvimento na tentativa de homicídio é Karen Arevalo Marques, 22, a mulher que teria adquirido a arma de fogo usada no crime e dado o objeto ao pistoleiro.
Tanto Marcelaine quanto Karen Arevalo estavam presas na ala feminina do Centro de Detenção Provisória (CDP), penitenciária no Km 8 da rodovia BR-174. Outros três réus do crime, todos homens, não ganharam liberdade. Segundo Antony, não é “conveniente” soltá-los no momento. Elas deverão também entregar passaportes e comparecer uma vez ao mês no Fórum Henoch Reis, em Manaus, para se apresentar ao juiz.
Tornozeleira
Marcelaine e Karen responderão pelo crime fora da prisão, e serão monitoradas por tornozeleiras eletrônicas da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc).
Acareação
Também na última segunda (16) foi realizada a acareação entre todos os envolvidos no “caso Marcelaine”: a socialite ficou frente a frente com a “rival” dela, Denise Almeida, e com o empresário Marcos Souto, pivô do crime e amante das duas mulheres.
Além de Marcelaine, Denise e Souto, também participaram da acareação os réus Charles “Mac Donald” Lopes Castelo Branco, 27, o “negociador”; Rafael Leal dos Santos, 25, “Salsicha”, o “pistoleiro”; e Karen Arevalo Marques, 22, quem conseguiu a arma de fogo.
Também foram intimados para a acareação os delegados responsáveis por investigar o “caso Marcelaine”: Geórgia Cavalcanti e Paulo Martins. Segundo a defesa dos réus, durante inquérito os policiais usaram de tortura para que os então suspeitos confessassem participação no crime.
Diário de Votuporanga