sexta, 27 de junho de 2025
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Justiça arquiva investigação contra pastor que oferecia “unção de partes íntimas”

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) solicitou o arquivamento do inquérito que investigava o pastor Humberto Lima Miguez, acusado de assediar sexualmente fiéis da Igreja Evangélica Crescendo em Cristo, na zona leste da capital. O pedido foi aceito pelo Tribunal de Justiça, gerando revolta entre as vítimas, que afirmam não terem sido ouvidas e que possuem provas como prints e áudios não consideradas.

Pelo menos sete fiéis registraram boletins de ocorrência contra o religioso, que supostamente abordava mulheres com frases como “ungir as partes íntimas” e comentários sobre suas roupas íntimas. As vítimas estimam que o pastor tenha entre 25 e 40 vítimas. Em depoimento, Miguez admitiu “poder ter se excedido em algumas palavras”, mas negou assédio sexual.

A promotora Cristiane Yoko Shida argumentou que, embora as condutas sejam “invasivas e reprováveis”, não configuram crimes previstos no Código Penal. “Não há elementos que reflitam a materialidade do assédio”, afirmou, citando a ausência de atos libidinosos concretos. O MPSP garante que todas as vítimas foram ouvidas, versão contestada pelas mulheres.

Três dos quatro BOs registrados foram arquivados – dois por prescrição e um aguarda representação da vítima.

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