sábado, 21 de setembro de 2024
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Juros do cartão de crédito são os mais altos em 14 anos

Fazia mais de dez anos que os juros cobrados pelos bancos e pelas financeiras não ficavam tão altos, para os clientes. E a tendência é aumentar. As taxas de juros…

Fazia mais de dez anos que os juros cobrados pelos bancos e pelas financeiras não ficavam tão altos, para os clientes. E a tendência é aumentar.

As taxas de juros do cheque especial e do limite rotativo do cartão de crédito, sempre as maiores, entre as modalidades de empréstimo, estão particularmente pesadas, em 2014. A média no cheque é a maior em dez anos. E no cartão, a mais alta desde o ano 2000.

Por um crédito de R$ 1.000, um empréstimo consignado cobra R$ 19 de juros em 30 dias. O crédito pessoal, R$ 46. No cheque especial são R$ 85, e no rotativo do cartão, mesmo paga a parcela mínima de 15%, são R$ 91 de juros em apenas um mês.

“O juros é altíssimo, né? Se você entrar uma vez, eu acho que é difícil sair”, conta um homem.

Quem já teve problemas, morre de medo.
“Vai pagando o mínimo e não faz as contas de quanto está devendo. E ai chega no fim do mês chega a fatura”, afirma a aposentada Maria José Macedo dos Santos.

Mesmo assim, o uso do rotativo do cartão e do cheque especial cresceu 15% nos primeiros dez meses do ano. Se todo mundo sabe que esses empréstimos são desvantajosos, por que tanta gente continua trazendo para sua rotina de vida o que deveria servir apenas para emergência? A primeira resposta para essa pergunta é sempre comodidade.
“É automático, é automático”, diz uma mulher.

“O credito já existe. Então você não precisa ligar lá para pedir o crédito. Já está lá. Então fica muito fácil isso”, diz o ator Alexandre Garcia.
Já as outras modalidades de crédito…
“Você tem que ir no banco. E às vezes por conta do horário de trabalho você não consegue ir no banco e aí vai indo”, diz Carolina Bermejo, analista de qualidade.

“O ideal é realmente parar, encarar o problema de frente, gastar um tempinho, verificar suas contas, ver como equilibrar. Em muitos casos, cortar alguns gastos para poder pagar integralmente a fatura do cartão ou sair do cheque especial”, explica o diretor da Associação Nacional de Executivos de Finanças Andrew Storfer.
Dona Zenilda gosta de compras. Mas sem passar do limite. Quem já viu muita gente em dificuldades não se arrisca.

“Eu já trabalhei como cobrança de cartão de crédito. Então eu sabia que as pessoas às vezes pagavam o mínimo e aquilo vai virando uma bola de neve e você depois não consegue mais pagar. Então eu fiquei com muito medo disso.”, diz Zenilda.

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