Começa às 10h desta quinta-feira (10), em São José do Rio Preto (SP), o júri popular do artesão Carlos Eduardo dos Santos Alves, de 29 anos, acusado de estuprar e matar a facadas Mikaele dos Santos Santos, de 10 anos. O corpo da criança foi encontrado em um terreno de uma casa em construção no bairro Santo Antônio, em 13 de setembro de 2023.
Carlos Eduardo foi denunciado pelo Ministério Público por estupro de vulnerável e homicídio qualificado, com as qualificadoras de meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima, crime praticado contra menor de 14 anos e para assegurar a impunidade de outro crime (o abuso sexual).
Na denúncia, o promotor Evandro Ornelas Leal descreve que o réu matou Mikaele para garantir a impunidade do estupro. Carlos Eduardo, que morava perto da casa da vítima, teria encontrado a menina na rua voltando da escola e a levado até o imóvel em construção, onde o crime ocorreu. O laudo do exame necroscópico apontou que a causa da morte de Mikaele foi anemia causada por hemorragia traumática, além de constatar indícios de violência sexual.
Carlos Eduardo foi preso pela Polícia Militar no mesmo dia em que o corpo da criança foi encontrado. Em depoimento ao delegado responsável pelo caso, ele confessou o homicídio, mas negou a violência sexual. O réu aguardava o julgamento preso no presídio II em Serra Azul (SP).
Mikaele desapareceu na tarde do dia 12 de setembro, após sair da escola. A família registrou um boletim de ocorrência na Central de Flagrantes. O corpo da menina foi encontrado na manhã seguinte por um pedreiro, com ferimentos causados por faca.
