sábado, 21 de setembro de 2024
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Júri condena integrante de chacina a 45 anos de cadeia

Depois de oito horas de julgamento, Paulo Oliveira Moreira da Silva foi condenado, na terça-feira (20), por participar de uma chacina que matou uma mulher e deixou outras sete pessoas…

Depois de oito horas de julgamento, Paulo Oliveira Moreira da Silva foi condenado, na terça-feira (20), por participar de uma chacina que matou uma mulher e deixou outras sete pessoas feridas, na madrugada do dia 03 abril, de 2015, na avenida Domingos Falavina, região Norte de Rio Preto.

Algemado pelos pés, mãos e vestindo o macacão amarelo do sistema prisional, Paulo Oliveira Moreira da Silva responde pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção de menores, homicídio consumado e sete tentativas de homicídios.

Nesta terça (20) foram ouvidas no salão 101 do Tribunal de Júri, José Jorge Junior, no Fórum de Rio Preto pelo conselho de sentença, um policial da Companhia de Ações Especiais (CAEP), que no dia do crime foi um dos que atendeu a ocorrência, além do próprio acusado e uma testemunha sob proteção da justiça.

A bancada de jurados foi composta por sete homens. Na porta do fórum estava uma das vítimas que sobreviveu, “quem é a gente para acusar os outros, era uma briga entre eles, eu estava pertinho vi quando a caminhonete passou, não estava sabendo de nada e então voltaram e começaram a atirar da moto taxi para baixo”, afirma a testemunha que preferiu não se identificar.

Segundo a denúncia oferecida pelo promotor José Heitor dos Santos, aceita pela juíza presidenta da sessão de julgamento, Gláucia Véspoli dos Santos Ramos de Oliveira, 5º Vara Criminal de Rio Preto, com base no inquérito da Polícia Civil. O crime foi motivado após uma briga entre traficantes numa disputa de pontos de tráfico de drogas existentes na região Norte de Rio Preto.

O tiroteio aconteceu no Jardim Paraíso, Paulo Moreira e Adriano Cavalcanti de Melo e outros três adolescentes são apontados como ocupantes de uma S10 preta, que foi encontrada logo depois dos disparos, a poucos metros do local, na Mata dos Macacos.
“Eles estavam em um campo e depois que eles foram lá no serv festas, atiraram para pegar nos meninos, mas esse ‘Paulinho’ não estava na caminhonete e tão acusando ele, a gente tem que falar a verdade”, contou a testemunha.

Adriano que também responde por homicídio e deve ir à júri popular disse em depoimento que Moreira pegou o veículo usado no tiroteio, mas a versão foi negada por Paulo.
A mulher que morreu trabalhava como merendeira na escola em que Paulo Oliveira estudava, ele conseguiu cursar até a sétima série do ensino fundamental. Para o Ministério Público, o crime por ele praticado é resultado de um confronto entre quadrilhas, a promotoria conservou a tese de que além da droga encontrada na caminhonete, Paulo da Silva, teve sua participação comprovada com fundamentos em provas apresentadas em depoimentos do colega Adriano Cavalcanti, adolescentes e testemunhas que foram vitimadas.

O conselho de sentença, após responder a um formulário de perguntas especificadas aos crimes atribuídos ao réu, dosou a pena em 45 anos e seis meses de reclusão a Paulo Oliveira da Silva, que deverá cumprir inicialmente em regime fechado. (Colaboração: Guilherme RAMOS)

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