segunda, 25 de novembro de 2024
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Jungmann nega plano de ataque terrorista na Olimpíada

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, descartou a existência de qualquer informação sobre um suposto plano de ataque terrorista durante os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, de…

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, descartou a existência de qualquer informação sobre um suposto plano de ataque terrorista durante os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, de 5 a 21 de agosto deste ano, que poderia ser realizado pelo Estado Islâmico. Segundo Jungmann, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) garantiu que não há este tipo de previsão.

“Peguntei diretamente ao ministro do GSI, Sérgio Etchegoyen, se ele confirmava isso, e ele negou. Ele disse que não tem essa informação”, revelou Jungmann, após participar da transmissão de cargo da presidência do BNDES, do professor Luciano Coutinho para a economista Maria Sílvia Bastos. A cerimônia foi na sede do banco, no centro do Rio de Janeiro.

Jungmann afirmou que este tipo de monitoramento vem sendo feito por órgãos de inteligência das forças brasileiras em parceria com os órgãos de inteligência de diversos países, como Estados Unidos, Inglaterra, França, Israel e Rússia: “No nosso radar não existe nenhuma ameaça. Claro que essa é uma área em que você tem que contar com a imprevisibilidade, mas, até aqui, nós não temos nenhum alerta, nenhum risco de que esteja ocorrendo alguma operação externa, fruto de alguma entidade ou de algum grupo terrorista”.

O ministro destacou ainda que ,além do monitoramento prévio, será a primeira vez que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos vão dispor de um centro de inteligência com representação de inteligência de aproximadamente 60 países. “Eles vão estar todos aqui. Nós já temos este centro montado, além do Centro Integrado de Comando e controle. Eu vou estar aqui na maior parte das Olimpíadas”, garantiu.

Jungmann revelou que já se dedica, há algum tempo, a este assunto e foi o primeiro parlamentar a fazer duas audiências públicas sobre terrorismo: “No caso, evidentemente, se pudesse prevê-lo [ataque terrorista] não teria Munique [em 1972, ataque a atletas israelenses], o que aconteceu em Paris [em 2015, atentado contra o jornal Charlie Hebdo]. O que tem hoje, em contrainformação, é que não se captou e não se percebeu um movimento no sentido de promover, até porque, o Brasil é um país sem grandes conflitos étnicos, sem conflitos religiosos, sem conflitos de fronteira”.

O ministro comentou a preocupação do secretário de estado de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, com algum atentado conhecido como Lobo Solitário, quando um terrorista age individualmente, e reconheceu que esta é uma preocupação, “Não só para nós, para o mundo inteiro, porque é difícil a detecção”. Mas repetiu que até agora não existe informação sobre essa possibilidade.

Jungmann adiantou que o esquema de segurança das áreas olímpicas do Maracanã e de Copacabana contará com uma reserva para atuação, se necessário, de quatro batalhões de Fuzileiros Navais, além do contingente já definido.

Com relação à área de Deodoro, na zona oeste, onde serão disputadas as provas de hipismo, o ministro disse que não recebeu nenhum pedido adicional para o efetivo. Segundo ele, por ser uma área militar, os contingentes das Forças Armadas terão poder de polícia.

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