domingo, 24 de novembro de 2024
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Julgamento sem réu presente acaba em condenação

Cerca de 20 anos depois, o nome de Roberto Cassiano da Silva, o “Grilo”, foi colocado no rol de culpados da Justiça. No primeiro julgamento da Comarca de Votuporanga a…

Cerca de 20 anos depois, o nome de Roberto Cassiano da Silva, o “Grilo”, foi colocado no rol de culpados da Justiça.

No primeiro julgamento da Comarca de Votuporanga a ser realizado sem a presença do réu, o juiz de direito Jorge Canil proferiu a sentença de 13 anos de prisão, pelo homicídio de Moacir Vieira de Oliveira, o “Alemão”, em 1992, dentro de um bar, na rua Leonardo Commar, no bairro Pozzobon.

Com a realização do julgamento, elimina-se o risco das acusações contra o réu deixarem de ter valor, já que o crime vai completar 20 anos no mês que vem. Apesar disso, o paradeiro de Grilo segue desconhecido.

No julgamento a acusação, ou seja, o Ministério Público, foi representado pelo promotor João Alberto Pereira. Já a defesa do réu ficou a cargo do advogado criminalista Jaime Pimentel.

Acusação

O promotor deu início aos debates e afirmou que o crime ocorreu por um motivo torpe. Segundo a versão do Ministério Público aos sete jurados que formaram o Conselho de Sentença, Grilo matou Alemão por vingança, motivada por uma discussão ocorrida anteriormente.

“Havia uma rixa entre a vítima e o acusado. No dia do crime, o réu foi para o bar com uma faca escondida, enrolada em uma camiseta. O que leva uma pessoa a ir armada a um bar? É claro que tinha uma ideia ruim na cabeça, algo pré-determinado”, disse o promotor. Ainda segundo a acusação, o crime foi motivado por uma discussão envolvendo a venda de uma bicicleta, em que a vítima teria chamado o assassino de “caloteiro”.

Defesa

Como o réu não estava presente para dar sua versão, foi representado pelo advogado Jaime Pimentel, que não negou a autoria do acusado, mas apresentou como tese a legítima defesa. Segundo a versão, Grilo era ameaçado por Alemão, e dentro do bar, acabou se assustando com a presença da vítima próximo dele e acabou aplicando uma única facada, direto no coração.

Sobre o motivo do réu ter levado a faca para o bar, o advogado defendeu a versão apresentada em depoimento, no início do processo, de que Grilo estava com o objeto porque iria levar para ser amolado.

Pimentel também destacou que o acusado não fugiu após o crime, tendo inclusive colaborado com as investigações e até se apresentado para prestar esclarecimentos.

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