Em julgamento ocorrido nesta sexta-feira no Fórum da Comarca de Votuporanga, o réu Jorgevan Pinheiro Cabral, de 28 anos, acusado de ter matado Kerlandro Mendonça Costa, em novembro de 2014, no bairro Pró Povo, foi condenado a 13 anos de prisão em regime fechado, com direito a apelação.
A audiência, que teve início às 9h, foi presidida pelo juiz de Direito, Jorge Canil. Na promotoria pública atuou o Dr. João Alberto Pereira e para defender o réu, os advogados Cleber Costa Goncalves dos Santos, Luciano Steluti Padovani e Enny Grazielle Silvério.
Após os sorteio do corpo de jurados começou o julgamento com o testemunho de defesa do irmão do réu; Jorgenal Pinheiro Mendonca, o promotor não apresentou testemunhas de defesa, alegando que as provas nos autos eram suficientes para incriminar o réu, que foi julgado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e com o agravante de não dar a vitima oportunidade de se defender.
O acusado Jorgevan Pinheiro Cabral, de 28 anos, acusado de matar Kerlandro Mendonça Costa, em novembro de 2014, no bairro Pró Povo, residia na cidade a 7 meses, ele veio de São Luís do Maranhão a procura de trabalho nas lavouras da região.
Por aqui colhia laranjas e serviço braçal na zona rural. Morava com seu irmão Jorgenal Pinheiro Mendonca, que morava em Votuporanga há mais tempo. O réu confessou em seu depoimento ser usuário de crack diariamente e de bebidas alcoólicas.
No dia do crime disse que estava de boa com as drogas, que não havia fumado crack, mas que no momento do crime tinha ingerido certa.
Ele conta que era amigo da vitima e que naquele dia haviam jogado futebol juntos, mas que depois da partida foi beber. Ele, que a certa altura já se encontrava alcoolizado, resolveu ir a casa de um rapaz (Sukinho) que morava com a vitima e que tinha uma dica de trabalho com carteira assinada pra ele.
Jorgevan foi à residência do Sukinho e foi surpreendido pelo Kerlandro (vitima) que disse ao réu que Sukinho não se encontrava, mas como a moto dele estava lá, Jorgevan questionou a vitima e houve uma tentativa de agressão de ambas as partes, o réu sacou de uma faca e acertou o estomago da vitima. Jorgevan fugiu do local, mas chegando a sua casa pediu que chamasse a policia, confessou o crime e foi preso, ele cumpre pena há 2 anos e 5 meses.
A sentença
O juiz Jorge Canil em sua sentença promulgou: “Aplico-lhe a pena de 13 anos de reclusão, inicialmente, em regime fechado, sem direito de apelar em liberdade”. A defesa, segundo o advogado Luciano Steluti Padovani, achou a pena severa e disse que a equipe de advogado vai entrar com recurso para tentar diminuir ao máximo, e com os dois anos e meio que ele já cumpriu, tentar que ele fique preso o menos possível.
Jorgevam ficou durante todo o julgamento com a cabeça abaixada.