O juiz Odilon de Oliveira, da 3ª vara da Justiça Federal, decidiu prorrogar a prisão de 26 acusados de integrar a máfia do cigarro. Eles são acusados de pertencer a um esquema de contrabando, descaminho, corrupção e lavagem de dinheiro que dominava, de acordo com a Polícia Federal, a maior parte do mercado negro dos cigarros no Brasil.
O esquema caiu na terça-feira com a deflagração da operação Bola de Fogo, pela Polícia Federal, que resultou em 97 prisões em 11 estados brasileiros. Em Campo Grande, estão presos o empresário Hiran Garcete, acusado de financiar um dos maiores distribuidores de cigarro contrabandeado no País, e diversos membros de sua família, como a mãe, Alzira, e as irmãs Gisele e Daniella, o sogro Nelson Kanomata e o cunhado Nelson Kanomata Júnior – estes dois últimos acusados de comandarem a logística da entrada de cigarros paraguaios no Brasil.
Eles deveriam ser soltos neste sábado.
Na terça-feira, Odilon de Oliveira também fez o bloqueio de R$ 420 milhões em 300 contas bancárias de 70 empresas e pessoas acusadas de integrar o esquema de fraude que pode, segundo a Receita Federal, ter movimentado R$ 800 milhões nos últimos cinco anos.