quinta-feira, 19 de setembro de 2024
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Juiz marca julgamento de acusado por tiros em dia de formatura

O juiz da 2ª Vara Criminal de Fernandópolis, Vinicius Castrequini Bufullin, designou para próximo dia 31 do mês de março de 2016, às 13:30 horas, o julgamento de Oscar de…

O juiz da 2ª Vara Criminal de Fernandópolis, Vinicius Castrequini Bufullin, designou para próximo dia 31 do mês de março de 2016, às 13:30 horas, o julgamento de Oscar de Souza Medrado Neto, acusado de homicídio simples. O réu responde a ação penal em liberdade. Trata-se de preparação do processo para julgamento em plenário.

O representante do Ministério Público requereu, ainda, a degravação das mídias encartadas nos autos e que contém os depoimentos das testemunhas, o que foi deferido, Medrado foi denunciado com base no no artigo 121, caput, c.c. artigo 14, inciso II, do Código Penal (por duas vezes), e nos artigos 14 e 15 da Lei 10.826/2003,porque em 04 de dezembro de 2011, por volta das 5h50min, no estacionamento do “Plaza Eventos”, localizado na Avenida Litério Grecco nº 1133, Jardim do Trevo, em Fernandópolis, , agindo com “animus necandi” e por motivo fútil, efetuou disparos de
arma de fogo que atingiram as vítimas Heydy Aparecida Cardoso de Oliveira e Uelinton Rafael Binati da Silva, não alcançando a consumação delitiva por circunstâncias alheias a sua vontade, bem como, nas mesmas condições de tempo e local mantinha sob sua guarda e transportou arma de fogo de uso permitido, consistente em um revólver calibre 32, oxidado, marca I.N.A., sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar
De acordo ainda com os autos,

Os tiros foram disparados por Oscar de Souza Medrado Neto, 22, após ser retirado da festa por seguranças, por suposta briga dentro do salão de eventos já no final da festa. Segundo testemunhas, Oscar, que é irmão de uma das formandas, foi contido por seguranças durante a briga e conduzido até seu veículo por organizadores do evento, que o aconselhavam a deixar o local sem maiores problemas. Ao chegar ao veículo, ele teria sacado a arma que estava no porta-luvas e efetuado o primeiro disparo, em direção aos organizadores do evento, que o acompanhavam, mas não os atingiu, pois estes saíram correndo ao ver a arma.

Transtornado, o rapaz voltou para o estacionamento do Plaza quando se deparou com a jovem Heidy Aparecida Cardoso, 30, saindo com seu carro, um Fiat/Siena ao lado de sua mãe Rosana Cardoso, momento este em que o rapaz se assustou e atirou contra o carro. O tiro atingiu Heidy de raspão no ombro, mas com o susto a jovem perdeu o controle e chocou-se com um caminhão que estava no estacionamento.

Após atirar contra o carro, Oscar continuou a descer a rampa no sentido da porta principal do Plaza, quando confundiu o jovem Emerson Santana com um dos envolvidos na briga e apontou a arma para o peito dele. Neste momento Wellington Rafael Binati da Silva, 24, empurrou o amigo e acabou na linha de tiro de Oscar, que puxou o gatilho.

O projétil atingiu o lado esquerdo do rosto de Wellington que após ser baleado saiu correndo para evitar o pior. Depois de acertar Wellington, Oscar teria efetivado mais dois disparos, mas não acertou mais ninguém. Depois dos disparos, fugiu em meio à multidão e se entregou à polícia na manhã de sexta-feira, 9. Após o tumulto, unidades do SAMU levaram Heidy e Wellington ao Pronto Socorro da Santa Casa de Fernandópolis. Heidy foi atendida e liberada em seguida. Wellington ficou internado em estado grave e teve de ser submetido a uma cirurgia para retirada da bala. O projétil que atingiu Wellington transfixou seu rosto e se alojou a cerca de um centímetro de sua coluna.

O jovem Oscar de Souza Medrado Neto trabalha há oito anos como instalador na empresa de segurança e a ação do jovem surpreendeu a família. O jovem se arrependeu da atitude. Segundo a defesa, Oscar carregava a arma em seu carro devido ao seu trabalho. No relato ele afirma que após seu ex-patrão Flávio Ferreira, ser assassinado no início do ano, ficou com medo, uma vez que trabalha no período noturno e que por muitas vezes tem que ir até a casa dos clientes da empresa quando o alarme dispara, seja qualquer hora do dia ou da noite. Assustado com a morte violenta do ex-chefe, ele comprou a arma e passou a portá-la no carro sem que seus patrões soubessem. O caso ocorreu em dezembro do ano passado.

EthosOnline

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