

O juiz Wendel Alves Branco, da Vara Única da Comarca de Nhandeara, decidiu que Thiago Luciano Moura Sanches e seu amigo, André Isac Guilhermino Pereira, deverão ser julgados pelo Tribunal do Júri pelo assassinato de Tiago Donizete Sanches, pai de Thiago, ocorrido em 22 de junho deste ano em uma padaria de Floreal.

Os dois réus foram pronunciados pelo crime de homicídio qualificado por meio cruel, com a participação de ambos.
Homicídio teria sido motivado por vingança
De acordo com a acusação do Ministério Público, Thiago Luciano teria atacado o pai com um pedaço de madeira, e André Isac teria auxiliado, também armado, para garantir a consumação do crime. O promotor alegou que o crime teria sido por vingança, com crueldade e de forma a dificultar a defesa da vítima.
No entanto, o juiz acatou apenas a qualificação por crueldade. Ele afastou o motivo torpe (repugnante), pois os autos apontam que a vítima tinha um histórico de violência contra a família, incluindo o próprio filho e a ex-companheira. O magistrado também descartou a tese de que a vítima não teve chance de defesa.
A acusação de crueldade foi mantida, pois os golpes teriam sido repetidos e intensos, característica que será avaliada pelos jurados.
Acusados responderão em liberdade
Na mesma decisão, o juiz concedeu liberdade provisória a Thiago Luciano e André Isac. O magistrado considerou que ambos são jovens, réus primários, têm bons antecedentes e não apresentam risco de reincidência, já que o crime estaria ligado a um conflito pessoal com a vítima.
O advogado de defesa, Douglas Fontes, afirmou que a decisão do juiz foi acertada e que confia no júri. “A defesa confia que no dia do júri vai ser proferida a sentença da melhor forma, individualizando o que cada um fez, a responsabilidade de cada um, e cada um sendo apenas julgado por aquilo que fez,” declarou.
Agora, o Tribunal do Júri será responsável por decidir se os dois acusados serão condenados ou absolvidos pelo homicídio.












