O principal suspeito de ter agredido a estudante grávida de seis meses, T.S.S., 15, no último mês em Macaubal, teve a prisão preventiva decretada na tarde de ontem, pelo juiz Cláudio Barbosa Vita, da respectiva cidade. Após passar por exames no IML (Instituto Médico Legal) de Votuporanga, o ajudante P.R.I.S., 20, retornou para a cadeia de Nhandeara, onde já cumpria o mandado de prisão provisória de 30 dias.
Ele deve ser acusado pelo crime de homicídio – já que o bebê da jovem, após nascer por meio de uma cesárea no último dia 28, faleceu no domingo, na Unidade de Terapia Neo-Natal do Hospital Padre Albino de Catanduva; e tentativa de homicídio, devido às agressões sofridas pela vítima.
Relatos
O delegado Rogério Montoro, responsável pelas investigações, descreveu que o jovem é uma pessoa fria, porém, calmo. Montoro disse que o suspeito nega o crime, e que no dia dos fatos estaria em uma festa de peão de Buritama. No entanto, algumas testemunhas informaram que ele teria sido visto em Macaubal.
A autoridade policial destacou que a acusação continua sendo baseada na versão apresentada pelo tio do suspeito, que informou que teria notado que um dia após o crime ele estaria usando roupas manchadas de sangue. A polícia também acrescentou que o acusado, após cometer o crime, seguiu para a fazenda do tio, em Zacarias, (cidade próxima a Araçatuba). Ele foi localizado no dia 19 do último mês, seis dias após o ocorrido.
Reconhecimento
Na semana passada, a estudante foi ouvida pelo delegado ainda no hospital, quando recebeu alta da UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde estava internada desde o dia do crime. O delegado contou que a jovem não reconheceu o agressor, uma vez que a luz do quarto estava apagada. A vítima informou que, durante a agressão, tentou apenas se defender dos golpes.
A versão apresentada coincide com o relato da avó da estudante, que viu a vítima momentos após o fato. A avó disse que ao socorrer a neta, questionou-a sobre quem teria cometido o crime. A estudante respondeu que não tinha visto o agressor.
Caso
A estudante dormia em sua residência, localizada na Rua Redemézio Braguini, no Jardim Buissa II, quando o agressor entrou no quarto e atingiu a cabeça da jovem várias vezes, com um pedaço de pau. Suspeita-se também que ela tenha recebido uma facada na barriga, pois uma faca de cozinha foi encontrada no local. Após as agressões, o autor fugiu. Na época do fato, Montoro contou que o principal suspeito da agressão seria o amásio da vítima, o ajudante E.S.B., 21, com quem a jovem mora há um ano.
