sexta, 15 de novembro de 2024
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Juiz condena 17 por megaesquema de tráfico em pistas clandestinas

O juiz da 2ª Vara Criminal de Fernandópolis, Vinicius Castrequini Bufulin condenou 17 pessoas por envolvimento num megaesquema de tráfico na microrregião de Fernandópolis. O bando usava pistas clandestinas para…

O juiz da 2ª Vara Criminal de Fernandópolis, Vinicius Castrequini Bufulin condenou 17 pessoas por envolvimento num megaesquema de tráfico na microrregião de Fernandópolis.

O bando usava pistas clandestinas para trazer, por mês, cerca de 500 quilos de pasta base de cocaína. O faturamento bruto mensal era de R$ 5 milhões e a droga era destinada para varias cidades paulistas, além da África e Europa. As penas, por tráfico e associação ao tráfico, variam de 7 a 44 anos de prisão em regime fechado.

O esquema começava em Cáceres (MT), próxima à fronteira com a Bolívia, de onde a pasta base de cocaína era transportada em aviões, por pilotos de garimpo, que pousava em pistas na microrregião de Fernandópolis previamente combinadas. A droga era levada em automóveis até São
Paulo e Sorocaba e escondida em compartimentos ocultos, sob a coordenação de dois hoje, CRRG, de Cáceres, e USM, dono de uma lan house em Guarani d’Oeste.

Para pegar a droga dentro dos veículos era necessário ligar o farol do veículo, dar ignição no motor e acionar um botão escondido debaixo do banco do motorista. Foram três meses de investigação em 2011, quando a Polícia Federal apreendeu quatro carregamentos de pasta base com 314 quilos. Os policiais encontraram 66 quilos da droga escondidos em um automóvel em Paulo de Faria.

Depois, os aviões passaram a despejar a pasta base na zona rural de Bataiporã (MS), de onde iriam para a região de Rio Preto e em seguida à Capital. Em Mato Grosso do Sul, há três anos, foi feita a última apreensão da operação da PF, batizada de Colheita em alusão ao preparo das pistas de pouso no meio dos canaviais: 156 quilos. Antes, houve duas apreensões da droga em São Paulo.

Parte da droga era distribuída nas regiões de Rio Preto e Bauru e o restante seguia para a Capital, onde morava o principal comprador de cocaína do grupo, o congolês Jerome Leon Masamuna. De São Paulo, ele enviava a droga por meio de mulas em voos para a África e Europa. Jerome foi condenado a 9 anos de prisão por tráfico e associação, em ação penal na 4ª Vara Federal Criminal de São Paulo. Em Fernandópolis, foi condenada sua mulher, a brasileira Viviane.

Além da condenação de 17 envolvidos, o juiz determinou o perdimento em favor do Estado de 15 veículos, incluindo automóveis de luxo, como um Ford Fusion e dois Corollas. Três dos réus foram absolvidos por falta de provas, incluindo os apontados pelo Ministério Público como os responsáveis por preparar as pistas em meio aos canaviais. A defesa deve recorrer da sentença no Tribunal de Justiça. Os advogados de Fernandópolis, Henri Dias e Edilberto Pinato, fazem a defesa de alguns dos réus.

Jornal O Extra

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