Recebi a resposta do requerimento 108/22 em que perguntei ao IPREM (Instituto de Previdência Municipal) se este havia conseguido atingir a meta atuarial em suas aplicações financeiras e qual foi a rentabilidade anual de 2021 em seus investimentos.
Me senti decepcionado, pois os rendimentos desses estratosféricos mais de 130 milhões em 2021 só renderam o ínfimo percentual de 0,68%, ou seja, pouco mais de R$887.000,00 por um ano de aplicação.
Fiz um comparativo e cheguei a essas conclusões, se tais recursos tivessem na Caderneta de Poupança eles teriam rendido o equivalente a R$3.837.000,00 (mais de 300% a mais), se em renda fixa renderiam ao menos 6 milhões, ou seja, pelo menos 600% a mais; não quero aqui desclassificar o comitê de crédito, mas é importante rever a variada diversificação que há nas aplicações, visto que está pelo menos neste ano de nada adiantou e quem perde é o povo e também todos os servidores que ficam mais refém de aportes municipais.
Enfim, o que quero dizer é que se os recursos rendem menos que a meta atuarial, quem pagará a conta somos todos nós, pois o Instituto precisará de mais recursos para garantir a aposentadoria futura dos seus servidores.
Aos aposentados foram dados como correção salarial em 2021 um percentual de 11%, sorte do IPREM e do próprio município que nenhum aumento foi dado em 2020, mas ficou o passivo.
Aí as contas não fecham e a cada ano a dívida atuarial aumenta e emperra a capacidade de investimentos do município, visto que terá que tirar recursos do Tesouro para cobrir o tão famigerado déficit técnico atuarial (R$1.733.825,95 em 2022), déficit este que vai aumentando a cada ano e finalizará se não aumentarem o prazo em 2053.