O Tribunal do Júri de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, condenou o mecânico Gustavo Bernardo Paina, de 23 anos, a cumprir pena de 17 anos de prisão pelo feminicídio que vitimou a técnica de enfermagem Sabrina Fernanda de Oliveira, de 29 anos, no dia 12 de fevereiro de 2022.
A sentença foi proferida no final da tarde da última quinta-feira (25), pela juíza da 5ª Vara Criminal, Gláucia Véspoli dos Santos Ramos de Oliveira.
Gustavo deverá cumprir pena de 16 anos pelo feminicídio e um ano pelo crime de furto, já que após ter matado a vítima com ao menos seis golpes de faca, ele fugiu com o carro dela, tomou cerveja com os amigos e ainda usou o veículo para trabalhar.
Uma das tentativas da defesa do réu foi derrubar a acusação de feminicídio para homicídio, pois Sabrina era transexual. Desta forma, seria possível conseguir a redução da pena, mas a Justiça manteve o tratamento da vítima na condição de mulher, como Sabrina era reconhecida.
O assassinato da técnica de enfermagem aconteceu na casa dela, no Jardim Antunes. Na época, segundo informações do boletim de ocorrência, os vizinhos notaram uma movimentação na casa da vítima e viram um homem entrando no imóvel, depois chamaram a polícia porque suspeitaram de um roubo.
Sabrina foi encontra morta, caída no chão da sala com sinais de agressão. Segundo a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), na época em que foi preso, Gustavo afirmou que tinha um relacionamento de uma semana com a vítima.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, ele disse que discutiu com Sabrina porque ela era transexual e os dois tiveram um desentendimento sobre sua condição. No entanto, após ele apresentar disfunção erétil, ela teria zombado da situação e ameaçado contar para outras pessoas que ele tinha um relacionamento homoafetivo com ela.
A defesa do réu vai recorrer à decisão da Justiça.