Uma jovem morreu eletrocutada por fios de alta tensão na manhã de ontem enquanto trabalhava no sítio São José, localizado no bairro Jacu 2, na zona rural de Parisi. A tratorista Danúbia Aparecida de Jesus, 27, manuseava o guindaste de um caminhão, com o qual ela pegava o adubo que estava no chão com a pá e colocava dentro de um reservatório na máquina semeadeira. Ela fazia a mesma coisa com a água que continha herbicida e que estava no reservatório do caminhão.
Danúbia iria adubar e jogar herbicida na lavoura de cana-de-açúcar da propriedade. Segundo informações colhidas no local do fato, a pá do guindaste teria provocado o acidente, atraindo a eletricidade. Como a borracha dos pneus do caminhão que ela estava encostada serviram como isolante da eletricidade, o corpo de Danúbia teria servido como fio terra para que a energia chegasse até o solo. A jovem recebeu uma descarga elétrica de 13.800 volts e faleceu na hora.
O caminhão ficou destruído com o fogo provocado pela força da eletricidade. Segundo Antônio José Vieira, administrador da propriedade e cunhado de Danúbia, ela tinha o costume de fazer esse trabalho com as máquinas. “Esse era o serviço diário dela”, explicou. Muito nervoso com a rapidez do acontecimento, Vieira conta que havia deixado as máquinas em um ponto, e que a jovem, por algum motivo, resolveu mudar os equipamentos de lugar, colocando o caminhão e a máquina embaixo dos fios de alta tensão.
Vieira havia deixado Danúbia às 6h30 na lavoura e achou estranho quando ligava e ela não atendia ao telefone celular. Ao se aproximar da plantação viu a máquina queimando e o caminhão explodindo. O sítio é de propriedade do pecuarista Osmair Carlos de Caires, mas estava arrendado para outra pessoa. Danúbia trabalhava com carteira de trabalho assinada. A Polícia Técnica Científica irá investigar o caso. Estiveram presentes no local Polícia Militar, Civil, Corpo de Bombeiros, IML (Instituto Médico Legal) e funcionários da Elektro.
Danúbia Aparecida de Jesus, 27, era solteira e residia no sítio Santo Antônio, próximo à vicinal Adriano Pedro Assi (Estrada do 27). Sem filhos, ela deixou o pai Pedro José Monteiro e a mãe Maria José, as irmãs Eliana e Idêlvania e os sobrinhos Amanda e Lucas. Seu corpo ficou exposto à visitação pública de parentes e amigos no Velório Municipal de Votuporanga, e será sepultado no Cemitério Municipal hoje às 9 horas.