

Uma jovem grávida, vítima de uma organização criminosa suspeita de explorar sexualmente mulheres em boates do noroeste paulista, relatou à polícia que era mantida em cárcere privado e só podia sair do local acompanhada pelo proprietário ou segurança.


A Polícia Civil identificou até o momento pelo menos 12 vítimas da quadrilha, que atuava em boates de Catanduva (SP), Auriflama (SP), Pereira Barreto (SP) e Aparecida do Taboado (MS). Todos os estabelecimentos pertencem ao mesmo proprietário.
Na última segunda-feira (24), durante operação policial, quatro homens foram presos, sendo dois em flagrante por tráfico de drogas. O gerente e o dono das boates foram presos em Auriflama, enquanto o ex-gerente de Catanduva está foragido.
A quadrilha é investigada por organização criminosa, favorecimento da prostituição, cárcere privado, estupro e homicídio.
Em entrevista, a jovem grávida, que não será identificada, relatou que era acompanhada até mesmo em consultas médicas. “Até quando eu ia ao banco ou resolver alguma coisa, o segurança ia comigo. Eu não poderia sair de dentro da boate se não fosse com o dono, a dona ou com o segurança, até mesmo para ir para o médico o segurança teria que ir junto”, afirmou a vítima.
