

Uma jovem de 27 anos e um amigo vão a júri popular acusados de praticarem um aborto no oitavo mês de gestação e descartarem o feto em um saco de lixo em Nova Luzitânia (SP). A Justiça reconheceu a gravidade do caso e a sentença que encaminha os dois a julgamento foi assinada em 19 de setembro.

O crime, que ocorreu em agosto de 2022, foi descoberto após a própria acusada ligar para a Delegacia de Polícia confessando e pedindo orientações, alegando estar arrependida.
Acusada usou medicamentos e feto foi jogado no lixo
Conforme as investigações da Polícia Civil de Santo Antônio do Aracanguá, a mulher comprou cerca de 20 comprimidos de um medicamento abortivo. Ela foi até a casa de um amigo, onde, devido aos medicamentos, entrou em trabalho de parto e expeliu o feto no banheiro.
Em depoimento, a acusada afirmou à polícia que o feto não chorou, o que a levou a crer que estava morto. Em seguida, ela colocou o recém-nascido em um saco e a placenta em outro, pedindo ao amigo que levasse o material até o caminhão de lixo que passava pela rua. O feto não foi localizado, pois o lixo já havia sido encaminhado ao aterro.
O amigo, por sua vez, confessou o descarte, mas negou ter participado do aborto, alegando que apenas acolheu a mulher em casa quando ela passou mal. A jovem também confessou às autoridades que esta foi a segunda vez que realizou um aborto, sendo o primeiro em 2017, com três meses de gestação.
A dupla respondeu ao processo em liberdade e será julgada por um júri popular em data ainda não divulgada.













