sexta, 22 de novembro de 2024
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Jovem de 29 anos é o novo maestro de Fernandópolis

Há poucos dias, o jovem de 29 anos, Sandro Muniz, viu sua vida ganhar novos rumos. O Bacharel em Música com Habilitação em Regência pela UNESP – Universidade Estadual Paulista…

Há poucos dias, o jovem de 29 anos, Sandro Muniz, viu sua vida ganhar novos rumos. O Bacharel em Música com Habilitação em Regência pela UNESP – Universidade Estadual Paulista – Instituto de Artes Júlio de Mesquita Filho, é o novo maestro do município, cargo que conquistou através do concurso público realizado pela Prefeitura de Fernandópolis no ano passado.

Além de colaborar nos trabalhos da OSFER – Orquestra de Sopros de Fernandópolis, Sandro está montando um Coro Técnico. Para isso, abriu inscrições para um curso de Técnica Vocal que dispõe de 50 vagas, através da Secretaria de Esportes, Lazer e Cultura.

Batemos um papo com ele, que nos contou um pouquinho sobre sua história e identidade.

Sandro começou cedo na música, por volta dos 7 anos, tendo aulas de piano com a tia. “A verdade é que eu não me adequava bem aos métodos dela. Detestava o curso! Fui me interessar por música seriamente já na adolescência”, conta. Além do piano, o jovem toca flauta doce e percussão, instrumentos que aprendeu nos tempos de professor, uma de suas experiências profissionais. A mais recente foi a de coordenador de Coral e Maestro responsável pelo Coro Jovem de Itapevi e o tradicional Coro Municipal de Itapevi.

Questionado quanto ao papel da música em sua vida, mostra personalidade, “Existem muitas respostas clichês e melosas para essa pergunta, como: “Música é tudo para mim!” ou “eu respiro música!”. Não! Eu gosto de música, mas não pelo mero prazer sensorial. Entendo que é uma arte importante, saudável e que só enriquece, porém, o que me interessa é a complexidade da música, tais como sua infinita profundidade científica. Também é fascinante saber que são incontáveis as possibilidades interpretativas e que, por mais vezes eu toque a mesma peça, nunca será a mesma e sempre poderá ser feita melhor!”.

Sobre os benefícios da música para a comunidade, a resposta foi simples e direta,”sobretudo, qualidade de vida”.

Ao falar de suas referências na música, o maestro conta, “o cenário musical é meio amplo. Acho válido citar alguns docentes que tive, dois deles em particular. Maestro Abel Rocha e Maestro Lutero Rodrigues. O Abel é uma das maiores autoridades no Brasil em regência. Tinha uma maneira peculiar de dar aula. A verdade é que nós, estudantes de universidade pública, por passar num vestibular difícil, temos forte inclinação à prepotência. A aula do Abel basicamente se resumia a nos mostrar o quanto éramos ruins! Eu entendi a mensagem. Desde então eu venho tentando resolver meus incontáveis problemas musicais. Posso dizer que eu “despiorei” bastante, mas aprendi a manter meus pés no chão. O Maestro Lutero Rodrigues era o oposto, um verdadeiro “paizão”! Tratava a orquestra com um carinho muito grande. O Lutero me ensinou a trabalhar com pessoas.”

Sandro ficou sabendo do concurso pela noiva que mostrou o edital. Segundo ele, foi a primeira vez que ouviu falar de um concurso para maestro e achou válido tentar. Essa foi a primeira vez também que ouviu falar sobre Fernandópolis.

Ao contar das expectativas sobre morar aqui, demonstra entusiasmo, “a cidade é bonita, aparentemente segura e tranquila. Não tem trânsito, não preciso pagar horrores em estacionamento, posso andar a pé sem receio, trabalho perto de casa. Por enquanto as expectativas são as melhores!”.

Ao final, pedimos que deixasse uma mensagem para a população. “O que eu diria ao fernandopolense? Eu agradeço a oportunidade! Agradeço desde já o voto de confiança! Eu darei o meu melhor! Também aceito ajuda, afinal de contas, eu me sinto sozinho com um mundo de produções musicais por realizar.”

“O maestro é o “ensaiador” que leva o grupo a um resultado de excelência, mas o mérito é todo da orquestra”, Sandro Muniz.

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