A Polícia Civil de Penápolis ouviu na noite de terça-feira (10), o adolescente de 15 anos, acusado de matar a facadas seu padastro, Luiz Fregulha de Oliveira, de 51 anos. A vítima chegou a ser levada ao pronto-socorro, porém não resistiu. O crime ocorreu na tarde de domingo (8). A discussão entre os dois teria começado por causa de um prato sujo.
O jovem se apresentou no Plantão Policial e deu sua versão sobre o ocorrido ao delegado Heweraldo Weber Gonçalves. Durante o depoimento, o adolescente disse que sua mãe e a vítima namoravam há cinco anos e que estavam morando juntos há três.
Nesta época, ele passou a beber constantemente e, quando estava embriagado, se tornava bastante agressivo. Conforme o delegado, o rapaz explicou ainda que, por conta dos desentendimentos que tinha com a vítima, morou com o avô por dois anos, período em que sua mãe se mudou para Penápolis. “Com isso, ele alegou que voltou a morar com a mãe e o padrasto em dezembro do ano passado e que, mesmo diante de diversos desentendimentos, nunca registrou ocorrência, já que sua mãe nunca o autorizou”, comentou Gonçalves.
PRATO SUJO
O acusado alegou que, um dia antes do crime, foi para a balada e retornou somente na manhã de domingo (8), oportunidade em que dormiu, acordando somente por volta das 14h. Ao levantar, o adolescente revelou que viu a vítima embriagada. Neste momento, ele teria começado discutir com o jovem por conta de um prato sujo que estava sobre a mesa, alegando que havia sido ele quem teria deixado no local.
Nervoso com toda a situação, o rapaz teria chamado o padrasto para resolver a situação como homem, oportunidade em que Oliveira teria dado um soco nele, entrando ambos em luta corporal. Na briga, o adolescente pegou uma faca que estava dentro de sua mochila e deu vários golpes na vítima. Mesmo ferido, Oliveira foi para a rua, sendo alcançado pelo garoto, que ainda deu mais socos e outro golpe com a faca, fugindo em seguida.
Ainda de acordo com o delegado, o menor não aparentava estar arrependido do que havia feito. Após ser ouvido, ele foi liberado. “Acrescentamos sua versão ao inquérito que, por sua vez, foi encaminhado à Vara da Infância e Juventude para que sejam tomadas as providências conforme determinação da Justiça”, disse.
Folha da Região