Por esta nem Santo Expedito esperava. Uma adolescente de 17 anos acusa um homem de lhe mostrar as partes íntimas e depois se esconder na paróquia do santo, no bairro Residencial Gabriela, em Rio Preto. Mas nem o santo das causas impossíveis conseguiu livrar o acusado de ser detido pela polícia. O caso foi parar na Justiça.
De acordo com a adolescente L. C. J., ela caminhava próximo a igreja quando o auxiliar de produção J. A., de 42 anos, teria aberto o zíper da calça e lhe mostrados as partes íntimas.
A jovem disse que ficou apavorada e correu para casa, onde pediu socorro ao pai.
Os dois voltaram para o local, mas disseram que o auxiliar tinha entrado dentro da igreja para se esconder.
Minutos depois, uma vizinha da jovem avisou que viu o rapaz saindo do local. “A gente correu lá, consegui pegar ele e chamei a polícia. É muita cara de pau ainda correr pra igreja. Não quero que minha filha passe por algo assim nunca mais”, disse o pai da jovem, Arlindo João, de 42 anos.
A adolescente e o auxiliar foram encaminhados à Central de Flagrantes, onde o caso foi registrado como ato obsceno.
De acordo com o padre José Antônio Dária, da paróquia Santo Expedito, o homem não entrou no prédio da igreja. “Todas as segundas a igreja fica fechada, mas cedemos a área de fora para a prefeitura entregar leite às famílias carentes do programa Viva Leite”, disse ele.
Segundo o padre, ele viu o homem sentado esperando o leite e foi embora. Horas depois, ele acordou em casa com a polícia pedindo para ver as imagens das câmeras de segurança do local. “Eu voltei à igreja e mostrei aos policiais as imagens, que não mostravam que ele estava se escondendo. Da porta para fora, não posso afirmar o que aconteceu. Mas, baseado nas imagens, digo que ele não veio se esconder aqui”, disse o padre.
O auxiliar nega que tenha feito o ato obsceno à adolescente. “Estou muito chateado com o que aconteceu. Quase fui espancado pelo pai dela e por outro moradores. Não consegui nem trabalhar hoje. Jamais faria o que ela está me acusando”, disse ele. J. afirmou que pretende processar as pessoas que o agrediram por lesão corporal.
O termo circunstanciado, registro de crime de menor potencial, foi registrado na Central de Flagrantes anteontem. Ontem, o caso foi encaminhado para a Delegacia de Defesa da Mulher de Rio Preto. De acordo com a delegada Dálice Ceron, tanto a adolescente quanto o auxiliar já foram ouvidos. Segundo Ceron, o caso agora será encaminhado ao Fórum. “Lá o promotor irá analisar os fatos e por fim, o juiz decidirá se o homem é ou não culpado”, disse ela. Se for condenado, o auxiliar de produção pode pegar pena máxima de um ano.