Os jogadores do Palmeiras lamentaram no sábado a queda de rendimento do time após a interrupção de um mês e o retorno do Campeonato Brasileiro. Antes da parada para a disputa da Copa América, o time liderava com cinco pontos sobre o Santos e um aproveitamento de 92% de pontos. Agora, a diferença entre líder e vice é de apenas um ponto (27 a 26) e o Palmeiras pode perder a liderança se o time de Jorge Sampaoli vencer o Avaí, neste domingo, na Vila Belmiro.
Com o empate por 1 a 1 diante do Vasco, neste sábado, no Allianz Parque, o Palmeiras chegou a cinco jogos sem vitórias: pelo Brasileirão, ainda empatou com o São Paulo (1 a 1) e perdeu para o Ceará (2 a 0); na Copa do Brasil caiu diante do Internacional (1 a 0); e pela Libertadores, empatou por 2 a 2 com o Godoy Cruz, na primeira partida das oitavas de final.
“Estamos passando por um momento ruim. Antes as coisas aconteciam naturalmente. A gente se defendia bem, jogava bem e a bola (do adversário) também não entrava. Temos que nos unir”, disse o meia Bruno Henrique.
Para Gustavo Scarpa, autor do gol de pênalti contra o Vasco, o time palmeirense não pode se abater pelos últimos resultados. O meia ressaltou a qualidade do elenco e destacou ainda que seria difícil manter o aproveitamento de pontos antes da parada do Brasileirão.
“Não tem explicação. Realmente estávamos em um momento muito bom antes da parada. Mas manter aquele nível realmente é difícil. Nosso grupo é extremamente qualificado. Não podemos deixar esmorecer, não pode se abater com maus resultados porque o ano não acabou. Tem muita coisa pela frente e faremos de tudo para vencer (as competições)”, afirmou.
Após o empate contra o Vasco, parte da torcida protestou, vaiou, chamou o time de “sem vergonha” e exigiu a classificação sobre o Godoy Cruz, terça-feira, no Allianz Parque, pelas oitavas de final da Copa Libertadores.
Para Bruno Henrique, os experientes jogadores do Palmeiras precisam administrar a pressão. O meia acredita que uma vitória sobre o Godoy Cruz e a consequente classificação do time seja suficiente para amenizar o descontentamento das arquibancadas.
“Entendemos a cobrança do torcedor. Jogar no Palmeiras é uma pressão muito grande. Quando você vem de alguns jogos que o time não vence, o resultado que o torcedor espera, as cobranças virão Temos que ter maturidade para saber absorver essa cobrança e trabalhar bem para dar uma resposta positiva. Temos um jogo extremamente importante na terça-feira, dentro de casa, diante do nosso torcedor. Temos que nos mobilizar, para voltarmos a fazer um grande jogo e conseguirmos a classificação”, declarou.
O meio-campo Raphael Veiga também lamentou a fase do Palmeiras. Contra o Vasco, ele entrou em campo no segundo tempo, no lugar de Gustavo Scarpa, e disse que os jogadores precisam chegar no vestiário, após a partida, com o sentimento de terem dado o melhor em campo.
“Antes da parada estávamos criando e aproveitando. Não estávamos perdendo gols. Começamos a levar gols que não levávamos, e mais do que isso, não estamos fazendo os gols que criamos. Temos que sair de campo com espírito de dar o melhor. Tudo que podia fazer, eu fiz. Chegar no vestiário e saber que poderia ter dado algo a mais, não pode acontecer. Tem que se cobrar, porque o Palmeiras não pode ficar tanto tempo sem ganhar.”