quinta-feira, 24 de outubro de 2024
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Jibóias são capturadas pela polícia na rodovia

Em menos de 24 horas, os funcionários do DER (Departamento de Estradas de Rodagens) que estão trabalhando na conservação do acostamento na rodovia Euclides da Cunha, próximo ao distrito de…

Em menos de 24 horas, os funcionários do DER (Departamento de Estradas de Rodagens) que estão trabalhando na conservação do acostamento na rodovia Euclides da Cunha, próximo ao distrito de Simonsen, encontraram duas cobras da espécie jibóia. A primeira foi capturada na tarde de terça-feira e a outra na manhã de ontem. A Polícia Militar Ambiental foi chamada no local para retirar os répteis e encaminhá-los ao seu hábitat natural, num local onde há vegetação ciliar.

A primeira jibóia tem aproximadamente um metro e meio e segundo informações dos policias que estiveram na ocorrência, ela foi encontrada por um motorista que transitava pela rodovia e teria avistado a cobra no acostamento da pista. Já na manhã de ontem, o morador Antonio Aparecido Fernandes, mais conhecido como Toninho Gasolina, disse que também passava pela SP-320 quando viu a cobra de pouco mais de um metro próximo a um bueiro. Antes, funcionário do DER já haviam avistado o réptil, que apareceu no meio da terra que um caminhão de pá carregadeira trouxe para as obras que estão sendo executadas no acostamento da via.

O morador de Simonsen acionou os policias ambientais de Votuporanga a fim de que nenhuma outra pessoa pudesse matar a cobra. Em contato com o sargento da Polícia Militar Ambiental, Mário Luiz Godóy, ele falou sobre o aparecimento das duas cobras próximas ao mesmo local e em tão pouco tempo. Segundo ele, o fato é considerado normal, já que a jibóia é natural da região, especialmente das capoeiras.

“Nestes casos próximo a Simonsen, por estar próximo a área rural, ou seja, perto da rodovia, é normal os animais aparecem para procurar alimentos, transitando de um local para o outro”, disse. Godóy, no entanto, não descartou a possibilidade de algumas anormalidades na natureza favorecerem para o aparecimento das cobras. Um dos fatores seria o desmatamento e as queimadas, além do aumento do plantio da cana-de-açúcar, na qual acaba com as matas para dar lugar a monocultura. “Tudo está dentro do contexto, mas não podemos culpar, não podemos generalizar. Teria que ser feito um estudo. Mas a gente entende que favorece”, completou.

Diferente de algumas outras cobras, a jibóia assusta muito mais pelo tamanho do que pelo perigo. Ela vive nas florestas ou campos e alimenta-se de roedores e aves. Estudos afirmam que uma jibóia pode chegar até 4 metros de cumprimento. Apesar de não ser venenosa, sua mordedura dói e pode causar infecção.

Local
A primeira cobra encontrada foi levada para o rio São José dos Dourados, já a de ontem de manhã foi deixada numa mata próximo de Votuporanga. “Tiramos de um local e devolvemos para outro. Neste caso que está perto da rodovia, algumas pessoas até têm consciência e ligam, outros já matam e a jibóia é uma cobra que não é peçonhenta. Tem que ser preservada”, falou o sargento.

“A jibóia não é perigosa, não traz prejuízo. Não vai picar e matar alguém. É só mesmo o susto, até mesmo porque estes locais é normal a incidência de animais silvestres. O homem está indo no local onde é a casa do animal. Ali vai ter cobras peçonhenta e não peçonhenta, ali tem capivaras, sucuri. Às vezes você não presencia, mas que existe, isso existe”, afirmou.

O sargento ainda aproveitou a oportunidade para pedir aos que avistarem novas cobras, que não mate o réptil, mas que apenas se afaste e tome cuidado. “Não precisa mexer porque o animal não vai vir comer o homem, ele já tem a pressa dele ali. A peçonhenta só vai atacar se a pessoa chegar a pisá-la, se apresentar um perigo. Caso contrário, você fica no local calmo que ela vai sair e ir embora. É manter a calma. A princípio não mate qualquer animal silvestre, porque isso é crime”, finalizou.

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