Nem mesmo a troca de técnico – André Jardine substituiu o uruguaio Diego Aguirre restando cinco rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro – foi capaz de fazer o São Paulo reagir na reta final.
A equipe terminou a competição com 63 pontos, na quinta colocação, sem a vaga direta na fase de grupos da Copa Libertadores de 2019.
Treinador efetivado para a próxima temporada, Jardine já adiantou, após a derrota para a Chapecoense por 1 a 0, neste domingo, em Chapecó (SC), que fará uma mudança radical na rotina dos treinos. Ele também avisou que os atletas que não se encaixarem no seu perfil de trabalho serão barrados da equipe.
“O nível de treinamento vai ter um choque. Vai treinar do jeito que acredito que um time que pensa em ser campeão tem de treinar. A cobrança vai ser muito forte. A competitividade vai ser diária. Quem não se adaptar a isso não vai jogar”, disse.
Jardine admitiu que teve dificuldades para motivar os jogadores este ano. O time, que chegou a liderar o Brasileirão, caiu muito de produção no segundo turno e não conseguiu alcançar o objetivo de ficar no G-4. “Acho que o grupo sentiu muito. A partir do momento em que sonhou inclusive com título. Internamente conversávamos muito. Quando lideramos por muitas rodadas, o discurso interno era de que tinha condição de brigar pelo título. Por mais que externamente falasse em jogo a jogo, o grupo se colocou essa pressão de brigar para ser campeão”, afirmou.
Em 2019, o São Paulo vai disputar Campeonato Paulista, Copa do Brasil, Libertadores e Brasileirão e Jardine está confiante. Desde 2012, quando conquistou a Copa Sul-Americana, o São Paulo não é campeão. “Minha maior esperança é conseguir por meio daquilo que acredito ter de melhor como treinador, que é metodologia de treinamento, desenvolver ideias com treino pesado competitividade, agressividade para construir o São Paulo que todo torcedor quer. O São Paulo com chances de realmente ser campeão em todas as competições, não só entrando para participar”.