O Japão pretende duplicar o número de alunos estrangeiros que estudam em suas universidades até 2020 e, para isso, vai facilitar os requisitos de admissão, informa o diário nipônico Nikkei.
No ano passado, havia no país cerca de 135 mil estudantes estrangeiros, a grande maioria (70%) procedente da China e da Coreia do Sul devido, sobretudo, aos obstáculos administrativos que os alunos de países ocidentais enfrentam.
O governo tem o objetivo de atrair cerca de 300 mil universitários estrangeiros em 2020 e de diversificar os países de origem.
Para atingir esse fim, o Japão pretende flexibilizar os regulamentos em vigor, por meio de uma proposta legislativa, acrescenta o jornal.
Atualmente, é exigido que os alunos estrangeiros tenham cumprido pelo menos 16 anos de escolarização em seus países de origem para ter acesso aos estudos de pós-graduação no Japão.
Essa regra dificulta o acesso aos estudantes da maioria dos países europeus, onde os cursos universitários duram três anos.
Os estrangeiros que não cumprem esse requisito veem-se obrigados a estudar japonês durante pelo menos um ano em centros designados pelo Ministério da Educação, o que, na prática, faz com que muitos descartem a opção de estudar em universidades nipônicas.
O novo regulamento, que vai vigorar a partir do próximo outono, permitirá que universitários com licenciaturas de três anos tenham acesso direto a estudos de pós-graduação.