A ex-jogadora de basquete Janeth Arcain entrou nesta sexta-feira para o Hall da Fama do Basquete. Em cerimônia em Pequim, na China, país sede do Mundial masculino da categoria, a brasileira foi um dos 11 nomes conduzidos pela Federação Internacional de Basquete (Fiba) e vai se juntar a outros compatriotas que receberam a honraria, como, por exemplo, Paula, Hortência, Amaury Passos, Oscar Schmidt e Togo Renan Soares (Kanela).
Janeth conquistou pela seleção brasileira feminina o Mundial de 1994, na Austrália, assim como foi duas vezes medalhista olímpica – prata em Atlanta, nos Estados Unidos, em 1996, e o bronze em Sidney, na Austrália, em 2000. A ex-jogadora também conquistou três medalhas em Jogos Pan-Americanos e atuou profissionalmente na modalidade durante 24 anos – é a terceira maior cestinha da seleção, com 2.247 pontos. Na WNBA, a liga profissional dos Estados Unidos, foi quatro vezes campeã com o Houston Comets.
“Estou muito feliz. Momento especial. Receber essa homenagem só vem coroar todo o sacrifício de toda a carreira. Entrar para o Hall da Fama, estar com os melhores do mundo, para mim é honra, título que vou guardar e ter com muito carinho, e vai servir sempre de motivação. Porque, quando a gente faz o que ama com dedicação, com amor, sempre tem retorno positivo no final”, disse a ex-jogadora, antes de receber a honraria.
O nome de Janeth havia sido indicado para o Hall da Fama do Basquete em março deste ano. Os outros nomes listados na ocasião e reconduzidos à honraria nesta sexta-feira foram: Margo Dydek (Polônia – póstumo), Atanas Golomeev (Bulgária), Alonzo Mourning (Estados Unidos), Fabricio Oberto (Argentina), Jose “Piculin” Ortiz (Porto Rico), Mohsen Medhat Warda (Egito) e Jiri Zidek (República Tcheca). Entre os técnicos, estavam Natalia Hejkova (Eslováquia), Bogdan Tanjevic (Montenegro) e Mou Zuoyun (China – póstumo).
Agora aposentada, aos 50 anos, Janeth cuida de um instituto que leva o seu nome. O trabalho, iniciado em 2002, auxilia no desenvolvimento físico e mental de crianças de 7 a 15 anos. A entidade tem núcleos espalhados por cidades como Santo André, Bragança Paulista e Cubatão, em São Paulo, assim como em João Pessoa, na Paraíba.
Quem também participou do evento na China nesta sexta-feira foi Oscar Schmidt. O “Mão Santa” discursou durante a cerimônia do Hall da Fama. Ele destacou o seu amor pela camiseta verde e amarela da seleção brasileira, o que o fez recusar uma proposta para jogar na NBA.